26/10/2018 às 14h54m


Laxantes – Solução para o Intestino Preso?

Uma das maiores reclamações aqui no consultório, principalmente feitas pelas mulheres, é a prisão de ventre. O intestino preso é uma condição que pode se tornar crônica, ou seja, durar por anos e até pela vida inteira, mas tem cura.

Nosso intestino é um órgão grande e se divide em duas partes, intestino delgado e o grosso. O intestino delgado representa a maior porção dele, tem aproximadamente seis metros, uma espessura mais fina e é onde se realiza a parte de absorção dos nutrientes que ingerimos, é altamente vascularizada e sua parede interna tem várias microvilosidades, que são como dobrinhas na mucosa e fazem parte do processo de absorção. É no intestino delgado que recebemos a Bile, por exemplo, entre outras enzimas digestivas. Já o intestino grosso, como o próprio nome já diz, em espessura é mais grosso que o delgado e tem tamanho menor, com aproximadamente 1,5 metro. O intestino delgado é responsável por absorver a água, tanto a que ingerimos como aquela gerada pelo processo de digestão. É a partir do processo de absorção da água que o bolo fecal ganha forma, o que já começa a explicar o intestino preso de quem consome pouca água.

Mas por que ocorre a constipação intestinal?
Existem vários motivos para a constipação intestinal. Vou enumerar alguns e veja se você se encaixa em alguma dessas condições.

1 – Pouco consumo de água.
2 – Pouco consumo de fibras.
3 – Disbiose gerada pela má alimentação.
4 – Doenças crônicas e inflamação do intestino.
5 – Intolerâncias alimentares.

Mas e o uso de laxantes?
Muitas pessoas recorrem ao uso de laxantes para tentar resolver as questões intestinais, porém utilizá-los é altamente prejudicial ao intestino. Os laxantes provocam um certo "desgaste" nos nervos do nosso intestino, o que ao longo do tempo provoca mais constipação intestinal, além de alterar a função e o ciclo adequado da frequência evacuatória. Além disso, os laxantes provocam uma irritação na mucosa intestinal, inflamando as microvilozidades do intestino e essa inflamação atrapalha o processo de absorção dos nutrientes, isso significa que o uso frequente pode provocar, além da inflamação intestinal, um quadro de desnutrição por má absorção de nutrientes.

Uma outra condição que o uso prolongado de laxante provoca é a permeabilidade intestinal. A mucosa intestinal funciona como uma esponja, como já vimos acima, é nessa mucosa que ocorre a maior parte da absorção dos nutrientes e a inflamação dela provoca uma situação como se deixasse os furinhos dessa esponja maiores, aumentando assim a absorção de toxinas, bactérias e outras moléculas que deveriam ser "barradas", mas não foram pela permeabilidade que o intestino se encontra.

Mas o laxante é sempre ruim? 
Não. Existem diversos produtos que exercem a função laxativa e são benéficos em momentos de constipação intestinal, como por exemplo, em um período pós-cirurgico, no pós-parto, quando estamos usando algum medicamento que causa constipação intestinal ou em algum momento pontual, porém os laxantes não devem ser usados de forma contínua para tratar o intestino que já vem preso há anos, nesse caso a melhor saída é procurar um Nutricionista para ajustar a sua alimentação e um Proctologista para avaliar se existe algum motivo mais grave para causar a constipação crônica.

Ah, sobre o tipo de laxante, dê preferência sempre aos naturais como as fibras.

Beijinhos da Nutri.

Autor: Giuliana Paiva

Tags relacionadas: laxante, intestino, prisão de ventre, nutriente


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19/10/2018 às 18h11m


Dieta da felicidade

A alimentação pode provocar diversas sensações e sentimentos no nosso corpo, a felicidade é um deles!

Quem nunca comeu algo e se lembrou daquele lanchinho da vovó ou daquela refeição preferida que a mãe fazia? É impossível não passar por essas situações em alguns momentos da vida! Nosso cérebro faz associações afetivas com os alimentos e a união de sabores mais serotonina liberada pela ingestão de alguns alimentos é, sem dúvida, a receita da felicidade.

Existem quatro substâncias ligadas à felicidade e bem-estar: endorfina, serotonina, dopamina e oxitocina. Alimentos ricos em triptofano, carboidratos e tirosina são a chave para a produção desses quatro neurotransmissores e, sendo assim, são a chave para a felicidade.

Os sinais para que algo esteja faltando no seu organismo são: Falta de motivação, desânimo, apatia, problemas no sono, perda de memória, falta de concentração, procrastinação, baixa libido, fadiga, desespero, comumente esses sintomas são confundidos com depressão, mas na verdade são causados pela baixa produção desses neurotransmissores pela má alimentação.

O consumo de alimentos como as oleaginosas, abacate, café, aveia e alimentos integrais no geral, cúrcuma, sementes de abóbora e carnes, leites e ovos, todos esses alimentos auxiliam na produção e ação desses neurotransmissores, promovendo uma intensa sensação de prazer, bem estar, felicidade e alegria.

Muitas pessoas atualmente, devido a má alimentação e má qualidade de vida, estresse do dia a dia que mantém hormônios como o cortisol alto, acabam sofrendo com níveis baixos daqueles quatro neurotransmissores que falamos acima. Em muitas ocasiões estas pessoas são tratadas como se tivessem depressão, síndrome do pânico, doenças neurológicas mais graves, enquanto, na verdade, precisariam apenas ajustar a sua alimentação. 

Nosso corpo retira da alimentação todos os nutrientes necessários para o seu bom funcionamento, se a alimentação é pobre em nutrientes, é pobre em fitoquímicos e antioxidantes, o corpo chega a um estado de carência que começa a dar sinais de que algo está errado. Não negligencie seu corpo, não negligencie os sinais. Comer bem não é apenas uma questão de saúde física, mas também mental.

Coma melhor e seja mais feliz.

Beijinhos da Nutri Giuliana de Paiva.

Autor: Giuliana Paiva

Tags relacionadas: dieta, alimentação, ingestão, afetivo


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12/10/2018 às 16h38m


Estou fazendo dieta e não emagreço

Fazer a dieta e não perder peso, essa é uma queixa muito comum aqui no consultório. O que ocorre nessas situações?

A princípio de conversa, toda dieta para perda de peso deve gerar um balanço energético negativo, isso é, oferecer menos calorias ao seu corpo em relação ao que ele precisa isso fará com que o corpo busque nas suas reservas reduzindo o peso.
Mas por que muitas pessoas dizem fazer dieta e não perder peso? Muitas situações podem ocorrer para que o peso não caia e cada caso é um caso, mas vou listar algumas situações frequentes.

Mecanismos fisiológicos de compensação – Seu corpo entende que você está comendo menos e passa a gastar menos energia, dessa forma, mesmo você reduzindo o consumo calórico seu peso não diminui, também chamamos essa situação de efeito platô.

Excesso de alimentos ricos em gordura – muitas vezes as pessoas cortam o carboidrato e investem em alimentos como oleaginosas, pasta de amendoim, ovos, carnes mais gordas, entre outros alimentos ricos em gordura, dessa forma a pessoa até reduz o volume de comida que está comendo, mas não reduz as calorias. Os alimentos fontes de gordura são muito calóricos e por mais que as porções sejam pequenas e você acredite estar reduzindo em calorias, você só está diminuindo o volume, mas as calorias podem estar iguais ou maiores que as dietas convencionais.

Alto consumo de industrializados – a quantidade da dieta conta muito, mas a qualidade também! Muitas pessoas reduzem as calorias da sua alimentação, mas comem mal, comem muitos industrializados, isso faz com que o corpo fique desnutrido e uma dieta pobre em qualidade pode te fazer perder peso magro, isso reduz o seu gasto energético e te faz estagnar.

Finais de semana e escapadas da dieta – fazer dieta é muito simples, é seguir um plano alimentar e só ele! As saídas da dieta contam e muito para a pessoa não perder peso! Muitas vezes as pessoas compensam o que perderam durante a semana com as saídas da dieta nos finais de semana, esse consumo exagerado de calorias gera uma compensação na ingestão de calorias e o peso não desce.

Achar que só porque é FIT pode comer à vontade – muitas pessoas acreditam que pelo alimento ser "FIT" podem comer à vontade! Na verdade os chamados "FIT" são de melhor qualidade e não de menor caloria, então, exagerar na ingestão deles pode sim te fazer ganhar peso ou não te deixar perder peso. Tome muito cuidado.

As situações listadas a cima são algumas de muitas que podem te levar a não ter sucesso na sua dieta, mas como eu digo sempre, a melhor opção é sempre procurar um profissional capacitado para te orientar. Dieta deve ser individual e de acordo com as suas necessidades.

Beijinhos da Nutri.


Autor: Giuliana Paiva

Tags relacionadas: dieta, peso, regra, queixa


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05/10/2018 às 20h01m


Lendo rótulos 2 – Aditivos dos Alimentos

O rótulo é o espaço onde as empresas fazem a propaganda e declaram as especificações de seus produtos, é no rótulo onde podemos encontrar todas as informações sobre o alimento e então decidir se vamos ou não consumi-lo. 

Uma coisa muito importante de ser ressaltada é que, muitas empresas ao formularem seus rótulos emitem algumas informações como zero açúcar, zero gordura, baixa caloria, entre outras informações chamativas, porém, muitas dessas informações são enganosas! Por isso devemos ficar de olho e entender um pouquinho mais sobre os componentes e o que eles significam e representam.

Informações dos rótulos – Muitas empresas declaram que seus produtos são zero açúcar, porém, todos esses ingredientes são açúcares:
Açúcares – maltodextrina, dextrose, glicose, frutose, sacarose, maltose, xarope de malte, glucose de milho e lactose.

Os corantes, em sua maioria, são químicos e prejudiciais à saúde. Muitos corantes apresentam risco para câncer, então devemos ficar de olho.

Corantes altamente prejudiciais para a saúde – Amarelo Crepúsculo, Azul brilhante, Amarento ou Vermelho Bordeaux, Vermelho Eritrosina, Indigotina, Vermelho Ponceau 4R, Amarelo Tartazina, Vermelho 40, verde 3, amarelo 6.

Os conservantes também representam perigo para a saúde, também apresentam risco para câncer, além disso podem provocar alergias, urticária, dermatites, entre outros prejuízos para a nossa saúde. O sal também é usado como conservante, por isso muitos produtos conservados com o sal são ricos em sódio e podem apresentar risco para a saúde de pessoas hipertensas.

Conservantes mais encontrados nos alimentos – Nitritos e Nitratos, ácido acético e acetatos, dióxido de enxofre, ácido benzoico e seus sais, natamicina, ácido p-hidroxibenzóico e parabenos, ácido propiônico, ácido sórbico, ácido láctico e nisina.

Além desses aditivos, podemos observar espessantes como a goma xantana ou a goma guar, que conferem consistência aos alimentos, podemos observar os aromatizantes, os antiumectantes que são utilizados para reduzir a absorção de umidade pelo alimento e assim aumentar a sua conservação, acidulantes que são utilizados para melhorar o sabor dos alimentos, principalmente em alimentos ácidos, entre outros aditivos.

Na minha opinião como Nutricionista, o mais importante é optarmos por alimentos mais naturais e com uma lista de ingredientes menor, que apresentam menos aditivos e menor risco para a saúde. 

Beijinhos da Nutri.



Autor: Giuliana Paiva

Tags relacionadas: rótulo, informações, ingredientes, nutrientes


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Perfil

Giuliana de Paiva, Nutricionista formada pela Faminas, especializando em Nutrição Clínica e Esportiva. Atendendo a cidade de Cataguases e região, seu trabalho é voltado para o público praticante de atividade física e também para as pessoas que buscam qualidade de vida e mudanças nos hábitos alimentares. Trabalha com consultório, palestras, personal diet, com grupos, fazendo um trabalho totalmente individualizado e personalizado.
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