Hospital de Cataguases limita número de visitantes por paciente

Hospital de Cataguases limita número de visitantes por paciente

O Hospital de Cataguases limitou o número de visitantes às pessoas ali internadas. Além do acompanhante, está permitida apenas a visita de uma pessoa para cada paciente, não necessariamente membro da família. A medida já está em vigor e tem como objetivo minimizar os efeitos de transmissão do novo coronavírus, conforme informou Eliermes Teixeira, supervisor administrativo do Hospital.

– Assim como vários hospitais, não só da região, como de todo o país estão tomando algumas precauções com relação a já considerada pandemia do coronavírus, nós do hospital de Cataguases também adotamos algumas medidas preventivas neste sentido”, revelou. Ele lembrou que é nos hospitais que as pessoas sintomáticas da doença procuram atendimento, o que obriga o hospital a adotar um procedimento preventivo mais severo visando o bem-estar de todos. Eliermes completa pedindo a compreensão de todos quanto a esta iniciativa.

MINISTÉRIO PÚBLICO COBRA AÇÃO GOVERNAMENTAL
Na tarde de sexta-feira, 13, o Ministério Público realizou uma reunião em Juiz de Fora – também de caráter preventivo – quando foi discutido os impactos do novo coronavírus na rede hospitalar da Macrorregião Sanitária Sudeste, a qual Cataguases está inserida junto a outros 93 municípios, bem como sobre os poucos leitos de UTI disponíveis. A região envolvida possui população estimada de 1,6 milhão de habitantes e dispõe hoje de apenas 344 leitos ativos de UTI. Se levados em consideração os leitos especializados para oncologia e os que estão inoperantes, o quantitativo é reduzido para 277 leitos. Em Cataguases são apenas 10 leitos.

– É insignificante perto de uma possível demanda que possa ocorrer, principalmente naquela faixa etária, de pessoas mais idosas, que possam precisar de internações por período mais prolongado”, afirmou o coordenador regional das Promotorias de Justiça de Defesa da Saúde da Macrorregião Sanitária Sudeste, promotor Rodrigo Barros. “Se um paciente de Covid-19 chega a um CTI com dez leitos, por exemplo, ele interdita essa unidade como um todo. Então esse fluxo precisa ser desenhado, porque as outras doenças não vão deixar de acontecer, e todos precisam ser atendidos”, alertou, lembrando que outras enfermidades, como tuberculose, também exigem isolamento.

Ao final do encontro ficaram definidas quatro necessidades urgentes: plano de contingência atualizado para atendimento aos usuários SUS com suspeita de Covid-19, definindo-se de forma clara o fluxo para internação dos pacientes em estado mais grave; imediata operacionalização dos leitos de UTI atualmente desativados; orientação às instituições de longa permanência de idosos nos 94 municípios da macrorregião, quanto aos cuidados preventivos e, por fim, melhor orientação pela Secretaria de Estado de Saúde (SES) sobre as medidas preventivas e eventual necessidade de cancelamento de eventos com maior aglomeração de público.

*Com informações do G1 Zona da Mata e Tribuna de Minas | Foto: Arquivo