Joaquim Branco lança reedição de livro sobre os primórdios de Cataguases

Joaquim Branco lança reedição de livro sobre os primórdios de Cataguases

O escritor e professor cataguasense, Joaquim Branco, está lançando a segunda edição do livro “O Município de Cataguases”, de autoria do escritor Arthur Vieira de Rezende e Silva, com a colaboração de Astolpho Vieira de Rezende. A obra foi lançada originalmente em 1908, e conta em detalhes como se formou o município de Cataguases. Esta reedição foi cuidadosamente revisada, com anotações e as expressões estrangeiras traduzidas, bem como explicadas as citações eruditas, facilitando a leitura, explica Joaquim.

São 478 páginas contando a história do município e seus nove distritos na época (Itamarati, Aracati, Vista Alegre, Cataguarino, Sereno, Santana, Astolfo Dutra, Laranjal e Miraí). O texto é um retrato da Cataguases do século XIX, revelando como se fizeram as antigas ruas, praças e casas, e também como se davam as disputas políticas no município, além dos fatos principais da vida cotidiana da pequena Cataguases. Para alcançar o objetivo de atualizar um documento importante para a compreensão da história do município, Joaquim liderou uma determinada equipe composta por Camila Galvão, Natália Tinoco, Eugênia Ribeiro e Augusto Marquito.

Arthur Rezende, como era conhecido, nasceu na Fazenda do Rochedo, distrito da Glória, em Cataguases, em 1868. Foi vereador, latinista, autor de alguns livros e fundador e diretor do Jornal Cataguases, órgão oficial do município. O livro, que agora ganha uma reedição por meio de Joaquim Branco, foi escrito quando Arthur Rezende ocupava o cargo de secretário da Câmara Municipal. A edição original está esgotada e a história tem como centro a Câmara Municipal, porque não existia, à época, a figura do prefeito. Joaquim e equipe recuperaram 70 fotos e 62 quadros estatísticos em um trabalho cuidadoso e quase artesanal.

Joaquim explica sobre o trabalho de reedição: “Fizemos a digitalização de páginas do livro, tratamento das fotos visando sua possível recuperação, digitação de 63 quadros estatísticos, tradução de frases estrangeiras, levantamento de palavras eruditas, fora de uso e em língua estrangeira, bem como sua acepção nova e tradução. Também fizemos a revisão ortográfica e estabelecemos o texto definitivo, além da revisão final”, detalha. Um trabalho hercúleo que resgata uma das principais obras sobre a história de Cataguases.

O projeto começou a ser desenvolvido em 2013 e só terminou em 2019. “Isso também inclui as paradas para tentar a edição (financiamento) por entidades governamentais e desistências pelas dificuldades impostas. Consegui, finalmente, quando optei pela venda antecipada. No final consegui um patrocínio do Sicoob Coopemata e da Energisa, que complementaram o valor das despesas”, revela. Para adquirir um exemplar, basta entrar em contato com Joaquim, no Messenger, pelo Facebook. O exemplar custa R$ 70.

Fotos: Acervo Joaquim Branco