Comércio prevê reabrir, de forma programada, segunda-feira

Comércio prevê reabrir, de forma programada, segunda-feira

Há quarenta dias fechado, o comércio de Cataguases clama por reabrir suas portas e voltar à rotina. Negociações neste sentido vêm sendo mantidas entre as entidades representativas da categoria e o prefeito Willian Lobo de Almeida, sempre com o aval do Ministério Público (MP) que atua na área de saúde. Desde o início da pandemia, as ações adotadas pelo município estão de acordo com o que preceitua aquele órgão responsável por defender os interesses da coletividade, conforme salienta Willian em suas entrevistas.

Nesta terça-feira, 28 de abril, o Site do Marcelo Lopes conversou por telefone com o presidente da Câmara de
Dirigentes Lojistas de Cataguases (CDL), Camilo Cristovão Vicente (foto acima), que acompanha de perto as decisões dos órgãos competentes e vem mantendo diálogo permanente com o prefeito Willian Lobo. Sincero, disse que esperava a reabertura do comércio amanhã, dia 29, mas após tomar conhecimento de orientação do MP ao Executivo Municipal, percebeu que isso não seria possível. Camilo disse que o Ministério Público solicitou aos municípios aguardarem a publicação de novas medidas legais a respeito da reabertura, o que vai acontecer ainda esta semana, disse.

– Com base nesta informação do MP nós, do comércio, estamos nos preparando para retomar as atividades a partir do dia 4 de maio, próxima segunda-feira. Claro que não será uma volta ao que era antes, mas um recomeço gradual visando garantir a saúde de todos que é o nosso bem maior”, disse Camilo. Apesar disso os setores que vão reabrir ainda não estão definidos e serão divulgados até o final da semana pelo prefeito Willian, provavelmente por meio de Decreto, acrescentou o presidente da CDL que se reuniu com o chefe do executivo na última segunda-feira, 27.

Sobre o período de portas fechadas, Camilo não esconde as dificuldades que os comerciantes estão vivenciando nestes quarenta dias sem vendas. “Fomos obrigados a demitir e aderir à proposta do governo federal de suspender o contrato de trabalho. Quando (o comércio) reabrir nem todos os demitidos serão recontratados neste primeiro momento, o que nos deixa muito chateados porque sabemos que todos precisam trabalhar”, conta.

Ele aproveita para criticar a ausência de uma “medida prática” por parte dos governos estadual e federal de apoio aos pequenos e microempresários. “Falta apoio do BDMG e do BNDES que são bancos governamentais que deveriam estar oferecendo linhas de crédito sem juros a todos estes segmentos, porque se não estamos vendendo como podemos pagar juros?”, questiona. O temor da categoria, segundo ele, é que esta falta de acesso a crédito, inviabilize o retorno de parte do setor, agravando ainda mais a crise, finaliza.

Fotos: Arquivo