Os professores da Rede Municipal de Ensino, que na quarta-feira, 09 de outubro, fizeram uma paralisação como forma de protesto na porta do Paço Municipal, pelo que consideram desrespeito da Administração para com os servidores (foto principal), anunciaram que a partir desta quinta-feira, 10, começa nas escolas do município uma Operação Tartaruga. O objetivo é mostrar ao prefeito a insatisfação dos trabalhadores com a forma como estão sendo tratados, conforme a direção daquela entidade divulgou antes de enviar ofício aos professores, nesta manhã, sobre o desdobramento do movimento.
Durante os protestos de quarta-feira, os educadores afirmaram que vão continuar exigindo o pagamento no quinto dia útil, bem como a liberação do Ticket Alimentação no dia 25 de cada mês, além do Vale Transporte, que é disponibilizado no 1° dia útil. Nesta quinta-feira, a Prefeitura divulgou que os salários dos servidores municipais vão começar a ser pagos sexta-feira, 11, apenas para trabalhadores que recebem até R$ 1.711,00 líquidos. Ela não informou quando vai terminar de quitar este compromisso com os servidores.
De acordo com o ofício do Sind-UTE aos professores, a Operação Tartaruga teve início nesta quinta-feira, 10, com redução da hora/aula para “trinta e cinco minutos nos quatro primeiros horários, e no último horário, com trinta minutos e um intervalo de dez minutos para merenda.” A categoria também continua em “Estado de Atenção de Greve”, conforme o mesmo ofício (nº 35/2019), que foi assinado por Raquel Sousa Silva, representante da Rede Municipal naquele sindicato.
A Administração Municipal vem alegando que os atrasos ocorrem por causa da dívida do Estado de Minas Gerais para com os municípios mineiros. O Governo Estadual voltou a repassar pontualmente os recursos para as prefeituras em março último e vem mantendo este compromisso em dia. A reportagem do Site do Marcelo Lopes fez uma rápida pesquisa em algumas cidades da Zona da Mata, e não encontrou informações de que estejam atrasando o pagamento de salários a seus servidores, apesar de também terem sido prejudicados pelo Governo de Minas com o não repasse de verbas.
Foto: Anderson Moura