Cataguases registra os primeiros casos de Esporotricose

Cataguases registra os primeiros casos de Esporotricose

A Secretaria Municipal de Saúde de Cataguases, através de sua Coordenação de Epidemiologia, registrou os dois primeiros casos de Esporotricose em pessoas residentes no município. Causada pelo fungo Sporothriz Schenckii, trata-se de uma micose que atinge animais e humanos, sendo que os gatos são os principais afetados e podem transmitir a doença para os seres humanos. Estes, quando apresentarem os sintomas, devem ser isolados em ambiente próprio, para que receba os cuidados de que necessita sem comprometer a saúde dos outros bichos da casa. As informações fora repassadas por Tairises da Silva Roque, da Coordenadoria de Epidemiologia e Amanda Silva de Souza Penha, responsável pela Coordenadoria de Vigilância em Saúde

Nos gatos, as manifestações clínicas são as lesões ulceradas na pele, ou seja, feridas profundas, geralmente com pus, que não cicatrizam e costumam evoluir rapidamente. Nos seres humanos o contágio ocorre geralmente por arranhões e mordidas de animais que já tenham a doença ou o contato de pele diretamente com as lesões de bichos contaminados. Mas, vale destacar: isso não significa que os animais doentes não devam ser tratados, pelo contrário. A melhor solução para evitar que a doença se espalhe é cuidar dos animais doentes, adotando, para isso, algumas precauções simples, como o uso de luvas e a lavagem cuidadosa das mãos.

Nas pessoas a doença se manifesta na forma de lesões na pele, que começam com um pequeno caroço vermelho, que pode virar uma ferida. Geralmente aparecem nos braços, nas pernas ou no rosto, às vezes formando uma fileira de carocinhos ou feridas. Neste caso, o paciente deve procurar um serviço de saúde, porque todos os Postos de Saúde (agora chamados de Especialidades Saúde da Família – ESF) em Cataguases estão sensibilizadas quanto ao diagnóstico e tratamento da esporotricose.

O tratamento, na maioria dos casos humanos e animais, é o antifúngico, que deve ser receitado por médico ou veterinário. O remédio é fornecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no caso de humanos. Sobre as ações de prevenção e controle estão relacionadas primordialmente aos cuidados individual humano e com o animal e ambiente. Dentre as orientações estão:
– Procurar os serviços de saúde aos primeiros sinais da doença;
– Manter a higiene do ambiente doméstico com água sanitária é muito importante;
– Manter o animal contaminado longe dos outros animais de estimação;
– Usar luvas ao manipular o animal;
– Lavar bem as mãos;

O setor de Epidemiologia da Secretaria Municipal de Saúde afirma ainda que é preciso também ficar atento para a seguinte orientação: Animais diagnosticados com esporotricose não devem nunca ser abandonados. Se isso acontecer, eles vão espalhar ainda mais a doença. Caso suspeite que seu animal de estimação esteja com esporotricose, procure um médico veterinário para receber orientações sobre como cuidar dele sem correr o risco de ser também contaminado.

Fonte: Coordenadorias de Epidemiologia e de Vigilância Sanitária da Secretaria Municipal de Saúde de Cataguases | Fotos: PB Agora e Prefeitura do Rio de Janeiro.