Dois pacientes de Cataguases fazem transplante de rim

Dois pacientes de Cataguases fazem transplante de rim

A Associação dos Pacientes Renais de Cataguases – Aprac – está comemorando um feito inédito, juntamente com o setor de Hemodiálise do setor do Hospital de Cataguases. Pela primeira vez, em menos de trinta dias, dois pacientes renais do município conseguiram fazer transplantes e seguem se recuperando bem, sem nenhuma intercorrência. A informação é do vereador Rafael Moreira, presidente da entidade e também transplantado renal que hoje leva uma vida normal, graças ao rim de um doador, lembra. Só para se ter uma ideia da importância deste fato, de acordo com o MG Transplantes, apenas em Minas Gerais, a lista de espera por um transplante como este conta hoje com 2.780 pessoas, e o prazo de espera geralmente ultrapassa os dez anos, diz Rafael.

Conforme explica Rafael (foto), a Aprac é cadastrada em Juiz de Fora, portanto, as doações surgidas na região, seguem para aquele município onde são realizados os transplantes. Ele próprio foi o primeiro paciente cataguasense a passar por esta cirurgia naquela cidade. Pouco tempo depois, cadastrou a entidade que preside para atender aos demais pacientes renais, disse. No sábado, 07 de julho, foi a vez de um senhor de 72 anos de idade, residente no Bairro Paraíso, em Cataguases, que fazia hemodiálise no Hospital de Cataguases, receber um novo rim, e já deixou a UTI para continuar se recuperando no quarto. Pouco menos de um mês antes, no dia 10 de junho, um homem de 47 anos, com o mesmo diagnóstico, teve um rim transplantado e hoje recebe apoio do Núcleo de Apoio ao Transplantado da Aprac juntamente com a equipe da Hemodiálise neste processo de recuperação, que conta com o trabalho da enfermeira Jane Silva Dias e do médico Lúcio Lanzieri, informou o vereador.

Dois pacientes de CataguasesEle acrescenta que a partir do momento que a Aprac é informada pela entidade em Juiz de Fora a respeito da doação do rim, um carro da Associação leva o paciente até Juiz de Fora para fazer o transplante. “Graças a esta duas doações de rins, nós em Cataguases conseguimos retirar da máquina de hemodiálise dois pacientes e melhorar a qualidade de vida deles. Então a gente quer reforçar aqui a importância da família autorizar a doação de órgãos porque este gesto, realmente, muda a vida de quem é portador de doença renal e depende de uma máquina para sobreviver”, diz Rafael, que já esteve na fila do transplante e hoje leva uma vida saudável. Para completar, ele lembra que em 2018, em Minas Gerais, foram realizados apenas 517 transplantes de rim, “o que significa que há muito mais gente esperando por uma doação do que doadores”, disse.