Gerente é indiciado por “roubo” na agência em que trabalha

Gerente é indiciado por “roubo” na agência em que trabalha

A Polícia Civil, por meio da Delegacia de Muriaé, concluiu a investigação sobre um suposto roubo ocorrido do dia 25 de março deste ano a um Posto de Atendimento bancário em Eugenópolis, a 87 km quilômetros de Cataguases. De acordo com o delegado regional, Alessandro Da Matta, foram levados mais de R$100 mil do Posto no dia do assalto.

Segundo o registro policial, um homem teria rendido o gerente da agência, fazendo-o refém, enquanto subtraiu todo o numerário disponível nos caixas eletrônicos. Durante as investigações, os Policiais da Agência de Inteligência da Polícia Civil em Muriaé identificaram uma série de contradições e omissões nas declarações do ex-gerente que, ao final, acabou confessando sua participação e dando detalhes do plano, articulado com o comparsa, que teve a prisão decretada, mas está foragido.

O caso começou a ser investigado como mais uma ocorrência do chamado “Sapatinho”, modalidade de crime onde se restringe a liberdade de um funcionário do Banco ou de seus familiares, obrigando-o a colaborar com a ação criminosa, terminou como grande farsa, montada com a participação do gerente, que detinha informações privilegiadas, inclusive, o dia em que haveria mais numerário no Posto de Atendimento.

De acordo com o delegado Coordenador da Agência de Inteligência da 4ª Delegacia Regional de Polícia Civil, Tayrony Espíndola, durante o período em que estava no interior da agência, junto com o comparsa, o gerente chegou a falar ao telefone com uma outra funcionária, insistindo para que ela fosse até à agência realizar suas tarefas com o objetivo de dar veracidade a versão de “roubo”.

“Eles permaneceram juntos no interior da Agência por mais de uma hora, pensando em formas de justificar a tese de roubo, inclusive, tentando envolver outros funcionários que, se de fato chegassem, seriam rendidos e certamente aterrorizados pelo comparsa, que se trata de um criminoso de alta periculosidade”, concluiu o delegado.

Os envolvidos foram denunciados pelo Crime de furto duplamente qualificado, pelo abuso de confiança e pelo concurso de pessoas, podendo ser condenados a até 10 anos de prisão. O gerente foi afastado de suas atividades no banco.