Estádio Soares de Azevedo, em Muriaé, vai operar através de energia solar

Estádio Soares de Azevedo, em Muriaé, vai operar através de energia solar

O Estádio Soares de Azevedo, em Muriaé, passa a operar através de energia solar. Com um investimento de cerca de R$ 405 mil, o NAC contratou uma empresa e tornou o estádio energeticamente autossustentável. As obras já foram concluídas. O Nacional informou que o projeto foi aprovado pela Energisa e aguarda apenas a troca do medidor de energia para começar a funcionar.

Desta forma, o clube, que gastava R$ 15,3 mil por mês com a conta de energia elétrica, passará a ter um custo mensal de R$ 100 com conexão de rede. Assim, o Nacional de Muriaé espera ter o retorno do dinheiro investido entre dois anos e meio e três anos.

— A importância para o clube é principalmente a contenção de despesas. O valor economizado mensalmente com gasto de energia elétrica poderá ser utilizado para a melhorar a estrutura em geral, será revertido para outras áreas do clube — explicou o vice-presidente, José Geraldo Pimentel.

A empresa contratada pelo clube foi a MW Engenharia Solar, que instalou 310 placas de 445w cada. Engenheiro eletricista da companhia, Wellington Figueiredo Lopes elencou vários benefícios que o Nacional de Muriaé terá com o projeto.

— A primeira vantagem é a financeira, porque é um projeto com retorno rápido, em até três anos. Quer dizer que, como o equipamento tem até 30 anos de vida útil, haverá três anos para recuperar o investimento e 27 anos de lucro. Fora que o clube produz a própria energia e não estará sujeito aos reajustes da conta de energia elétrica. Além disso, tem a questão ecológica, por ser uma energia limpa, renovável — explicou.

Foram cerca de 15 dias de obras, que foram concluídas no fim de setembro. O funcionário da empresa diz que a maior dificuldade no processo foi lidar com a altura do telhados das arquibancadas, bem como entender se havia base de sustentação para que as placas fossem colocadas.

— O maior desafio de montagem da estrutura foi a altura, o telhado da arquibancada é muito alto, muito perigoso. Tivemos que tomar muitos cuidados com a segurança do pessoal que trabalhou, com corda de segurança, cinto, capacete. Foi realizada uma pesquisa com a empresa que montou o telhado, para saber se a estrutura suportaria o peso dos painéis, porque são 7 toneladas de equipamentos no topo das arquibancadas — disse.

Segundo o NAC, a Energisa realizou a vistoria e aprovou o sistema. O complexo do Soares de Azevedo vai iniciar a operação com energia fotovoltaica após a troca do medidor de energia, que deve acontecer nos próximos dias, sem data definida. Wellington Figueiredo explica como funciona o gerador e como o clube consegue ter economia na prática.

— O gerador fotovoltaico funciona de forma a gerar crédito com a concessionária. Ele não gera o funcionamento dos equipamentos do clube, apenas gera energia e injeta na rede da concessionária. Esta faz a contagem do Kw/hora produzidos e fornece crédito na conta de energia para o cliente. É um sistema de compensação — concluiu.

Fonte: G1 Zona da Mata | Foto: MW Engenharia Solar/Divulgação