Covid-19: possíveis casos de reinfecção são investigados em Cataguases

Covid-19: possíveis casos de reinfecção são investigados em Cataguases

O Boletim Epidemiológico semanal da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) sobre possíveis casos de reinfecção pela Covid-19, apresenta 15 notificações suspeitas em cidades da região. Até o momento, não há suspeita descartada ou confirmada, segundo o documento. De acordo com os dados, Cataguases tem duas notificações em apuração, assim como Chácara, Ubá e Muriaé. Leopoldina tem três, e Goianá, Barbacena, Paula Cândido e Juiz de Fora, um em cada.

Casos de reinfecção nos municípios da região

No mundo, o primeiro caso de reinfecção foi confirmado em agosto em 2020, por pesquisadores de Hong Kong, na China. Já no Brasil, ocorreu em 9 de dezembro do mesmo ano no Rio Grande do Norte.

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De acordo com a SES-MG, já foram 328 casos notificados de reinfecção desde o início da pandemia em Minas Gerais, sendo que dois já foram descartados, um confirmado em Sabará e 176 foram considerados inconclusivos “devido à falta de dados que permitissem a investigação”. Os outros 149 são os que seguem em apuração.

As investigações de reinfecção são realizadas por meio do Centro de Informações Estratégicas e Resposta em Vigilância em Saúde (CIEVS Minas) em parceria com a Fundação Ezequiel Dias (Funed) e regionais de saúde.

Pelo protocolo, a SES-MG considera casos suspeitos de reinfecção aqueles em que a pessoa apresentou novo quadro clínico em período acima de 90 dias do primeiro episódio confirmado laboratorialmente.

Como são as investigações
Em Minas Gerais, as investigações de reinfecção são realizadas por meio do Centro de Informações Estratégicas e Resposta em Vigilância em Saúde (CIEVS Minas) em parceria com a Fundação Ezequiel Dias (Funed) e regionais de saúde.

Pelo protocolo, a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) considera casos suspeitos de reinfecção aqueles em que a pessoa apresentou novo quadro clínico em período acima de 90 dias do primeiro episódio confirmado laboratorialmente.

Desde 7 de setembro, quando houve mudança no protocolo, todos os casos positivos para a Covid-19 com novo quadro clínico em período maior ou igual a 90 dias da primeira confirmação passaram a ser testados e notificados ao estado. As amostras positivas são enviadas à Funed, que faz sequenciamento genético para verificar a presença de mutações.

O processo de investigação é iniciado com as notificações recebidas diariamente. A partir da identificação da origem das duas amostras, a Funed verifica a viabilidade das amostras. Caso as duas apresentem boa viabilidade, ou seja, se encontrado material genético do vírus, elas são encaminhadas para realização de sequenciamento genético com o objetivo de verificar se trata-se de vírus de linhagens diferentes.

Dos casos em investigação, alguns aguardam a avaliação de viabilidade da amostra, outros aguardam o encaminhamento da amostra quando feito por laboratórios diferentes da Funed. Em alguns casos, ainda é aguardada a informação se o paciente realmente tem as duas amostras.

No fim de outubro, o Ministério da Saúde divulgou uma nota técnica com regras para a definição de casos suspeitos de reinfecção. Para que isso seja caracterizado, o indivíduo precisará de dois resultados positivos de RT-PCR, com intervalo igual ou superior a 90 dias entre os dois episódios, independentemente da condição clínica. O outro ponto é a conservação adequada das amostras.

“A reinfecção por cepas homólogas é uma possibilidade, mas no atual cenário, e em virtude do conhecimento de que o SARS-CoV-2 pode provocar eventualmente infecções por períodos prolongados de alguns meses, faz-se necessário determinar critérios de confirmação, como sequenciamento genômico, para comprovação de que se tratam de infecções em episódios diversos, por cepas virais diferentes”, diz a nota.

Fonte: G1 Zona da Mata | Texto: Caroline Delgado | Foto: Mais Conhecer