Polícia Civil flagra abatedouro clandestino em Guarani

Polícia Civil flagra abatedouro clandestino em Guarani

Durante operação na manhã de terça-feira, 18 de agosto, a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) identificou um abatedouro clandestino em uma fazenda no município de Guarani (52 km de Cataguases). No local, segundo os policiais, eram abatidos bois, porcos e cavalos.

Em coletiva de imprensa, o delegado José Luiz Quintão explicou que as investigações começaram como apuração de um roubo e furto de bois e cavalos na região. Havia suspeita de que animais eram abatidos em condições impróprias ao consumo humano e descartados em desacordo com a legislação ambiental e sanitária.

As investigações apontam que a carne dos animais abatidos era revendida para açougues na cidade, trazendo perigos à saúde da população. Segundo a Polícia Civil, a carne de cavalos, éguas e burros era comercializada como bovina.

Busca a apreensão
O mandado de busca e apreensão foi cumprido na terça-feira, com o apoio da Polícia Militar do Meio Ambiente, que realizou autuações, e do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), que interditou os pontos de abate e acondicionamento insalubre.

Na fazenda, os agentes encontraram diversos ossos e carcaças de animais, enterradas em covas ou despejadas sobre vegetações ou rios, inclusive em locais de preservação permanente.

A Polícia Civil interrogou três funcionários que foram encontrados no local, no momento da abordagem, e vai usar os depoimentos nas próximas investigações. O proprietário da fazenda não estava presente e ainda não foi localizado.

Segundo José Luiz Quintão, as investigações prosseguirão para identificar os açougues que receberam a mercadoria vinda do abatedouro, além da apuração da procedência dos animais, “que provavelmente são oriundos de furtos e roubos praticados na região”.

Além disso, as apurações têm o objetivo de identificar outros locais com abatimento clandestino e os responsáveis pelo descarte dos resíduos e comercialização imprópria. Possíveis suspeitos poderão responder por crimes como maus tratos de animais, falta de licenciamento ambiental, poluição ambiental e furto e roubo de animais.

Fonte: G1 Zona da Mata com texto de Milena Grijó e fotos cedidas pela PCMG.