Voluntários estão produzindo protetores faciais para o Hospital de Cataguases

Voluntários estão produzindo protetores faciais para o Hospital de Cataguases

Em tempos de crise a solidariedade ganha visibilidade e pequenas ações representam grandes contribuições. É isso que estão fazendo a fonoaudióloga Valeria Siqueira e o estudante de Engenharia de Controle de Automação, Eduardo Menezes, que não se conheciam e se uniram para produzir protetores faciais, equipamento de proteção individual utilizado em hospitais e que protege a face do usuário contra respingos acidentais de produtos e de gotículas de saliva, transmissora do novo coronavírus.

Valéria conta que teve a idéia de produzir os protetores porque já o utiliza em sua profissão. “Resolvi produzir para ajudar neste momento de crise. Fui até ao Hospital e vi o modelo utilizado e fui pedir ajuda em dinheiro aos amigos. Assim consegui comprar 20 unidades desse EPI. Também adquiri 30 óculos e mais 5 protetores na segunda etapa desta campanha”, explica. Neste momento, Eduardo procurou Valéria oferecendo ajuda. Ele tem uma impressora 3D que está produzindo o equipamento. “A chegada do Eduardo foi providencial porque ocorreu no momento em que os EPI`s começaram a ficar escassos no mercado”, completa.

Pouco depois a dupla recebeu o apoio do professor do CEFET-MG, Jerônimo Penha, que também está confeccionando os protetores. De acordo com Valéria, antes de iniciar a produção foram produzidos vários protótipos de acordo com o que determina a legislação a este respeito. A partir daí, revela, deram início à campanha e compraram 150 folhas de acetato que ainda não chegaram por conta do isolamento social. Como não podiam esperar Eduardo sugeriu usar chapas reveladas de Raio X. “A gente não podia ficar parado esperando a encomenda chegar, então foi muito boa e o resultado tem sido excelente”, assegura. Neste sentido ela pede doações de radiografias usadas para serem recicladas e utilizadas nos protetores faciais.

O objetivo deste trabalho voluntário é fabricar duzentos protetores faciais. Porém, é um serviço lento, informa Valéria. “Nós temos apenas duas impressoras 3D e precisamos de outra para agilizar o processo, bem como de mais voluntários, pois hoje somos apenas quatro pessoas envolvidas em todo o processo e o Hospital, garante, precisa de muito mais do que a nossa capacidade de produção.” Apesar das dificuldades o projeto da dupla vem ganhando apoios importantes como o do Centro de Formação de Condutores Cativa, Colégio CEC e SegBem, além de pessoas que preferem ficar no anonimato”, conta.

Caso o projeto cresça com mais impressoras e voluntários, o objetivo de Valéria e Eduardo é atender também a outros profissionais que atuam em área de riscos porque não há como comprar este produto no mercado, pois está em falta. A vantagem deste protetor facial, produzidos pela dupla, é que são reutilizáveis após serem corretamente higienizados, explica Valéria. “Eles podem ser usados até apresentarem algum tipo de dano ou desgaste que inviabilize sua utilização com segurança”, afirma.

Portanto, Valéria reitera seu pedido de doações de materiais para que possam continuar com o projeto. Eles necessitam de uma impressora 3D e de um profissional que possa operá-la; doações em dinheiro que serão feitas diretamente na conta do fornecedor do produto que for comprado; folhas usadas de radiografias no tamanho de 24 por 30 centímetros, além de voluntários para ajudar na confecção dos protetores. Os interessados podem ligar para (32) 99990-3547 (Eduardo) e (32) 98525-0245, com Valéria.