Em 22/08/2012 às 12h21 | Atualizado em 27/07/2018 às 17h22

Equador ameaça recorrer ao Tribunal de Haia para garantir que Assange seja beneficiado por asilo político

Nos últimos dias, o Equador e o Reino Unido travam

Nos últimos dias, o Equador e o Reino Unido travam

Download Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O presidente do Equador, Rafael Correa, disse ontem (21) que analisa a hipótese de recorrer ao Tribunal Internacional de Justiça, de Haia, na Holanda, para garantir que o australiano Julian Assange, fundador do site WikiLeaks, deixe o Reino Unido e seja beneficiado pelo asilo político em território equatoriano. Nos últimos dias, o Equador e o Reino Unido travam uma batalha política sobre Assange, pois os britânicos resistem em conceder o salvo-conduto ao australiano, que é o documento que permite sua saída do país
Em entrevista coletiva para jornalistas equatorianos e estrangeiros, Correa disse que a “Embaixada do Equador em Londres está aberta ao diálogo”. Alternando o espanhol com o inglês, o presidente acrescentou que não há proteção para que Assange escape do julgamento na Suécia, onde é acusado de crimes sexuais, mas sim insistência para que seja conduzido um processo justo
Correa destacou também que o Equador obteve apoio da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) e da Aliança Bolivariana das Américas (Alba) no embate com o Reino Unido. Segundo ele, o país defende os princípios do direito e do respeito aos direitos humanos. De acordo com o presidente, no Equador é garantida a liberdade de expressão
Assange está há mais de dois meses abrigado na representação diplomática equatoriana em Londres
Formado em física e matemática pela Universidade de Melbourne, na Austrália, Assange passou a ser conhecido internacionalmente por causa do site WikiLeaks, que divulgou em detalhes uma série de documentos sigilosos de vários países
*Com informações da agência pública de notícias do Equador, Andes
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