Em 27/02/2019 às 07h00 | Atualizado em 26/02/2019 às 23h02

Prefeito Willian será julgado logo após o carnaval e pode perder o mandato

Prefeito é alvo de uma Comissão Processante criada após vereadores considerarem irregular a contratação de uma empresa pelo Executivo Municipal

De acordo com alguns vereadores a definição do futuro político do prefeito dependeria apenas de um voto

De acordo com alguns vereadores a definição do futuro político do prefeito dependeria apenas de um voto

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No próximo dia 07 de março, logo depois do encerramento do carnaval, a Câmara Municipal de Cataguases vai se reunir para decidir o futuro político do atual prefeito Willian Lobo de Almeida. Atualmente inelegível por força de uma condenação em segunda instância por ter efetuado contratações de pessoal durante o seu primeiro mandato sem o devido concurso público - ainda em fase de recurso em Brasília - Willian pode terminar a semana, que começou na folia, em clima de Finados. Isto porque os vereadores poderão considerá-lo culpado e agendarem, assim, a data da sessão para julgá-lo o que poderá levá-lo a perder seu mandato.

No início de 2017, Willian Lobo contratou a empresa INNOVAR - Consultoria em Medicina e Segurança do Trabalho Ltda para atender aos servidores. A iniciativa foi denunciada por vereadores e também levada ao Ministério Público por suspeita de superfaturamento já que empresas que prestam o mesmo serviço instaladas em Cataguases praticavam preços menores. A denúncia transformou-se em uma Comissão Especial de Inquérito na Câmara Municipal de Cataguases que produziu um relatório final que foi lido em plenário no dia 20 de novembro último apontando irregularidades na referida contratação. O relatório é de autoria do vereador Ricardo Dias, hoje presidente do Legislativo Municipal graças aos votos recebidos da base aliada de Willian na Câmara. Hoje, de acordo com o Regimento Interno daquela Casa, o presidente também vota nesta fase de julgamento.
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Com a aprovação do relatório de Ricardo Dias, a Câmara decidiu também abrir uma Comissão Processante para julgar os atos possivelmente irregulares do prefeito e, se ele for considerado culpado por dois terços dos vereadores, ou seja, dez votos, vai perder o mandato e seus direitos políticos. Esta Comissão Processante foi criada no dia 4 de dezembro de 2018 e na sessão de quinta-feira, 07 de março, será lido o seu relatório conclusivo, mas a data para a votação deste relatório ainda não foi divulgada. O que circula nos bastidores da Câmara nestes dias pré-carnavalescos são boatos nada fantasiosos e que buscam confundir a opinião pública acerca dos fatos e criar um clima de instabilidade entre os vereadores. Até o final do Reinado de Momo, muito confete e serpentina serão lançados ao vento, mas o carro abre alas só vai passar na quinta-feira, sem nenhum folião e trazendo todos de volta à realidade.


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Tags: Innovar, Comissão Processante, julgamento, mandato





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