Em 13/11/2015 às 12h00 | Atualizado em 27/07/2018 às 17h22

Salários do prefeito, vice e secretários de Miraí são reduzidos em 10%

Secretário de Administração Geraldo Loures critica a divisão da receita entre os entes da federação que onera cada vez mais os municípios e não aumenta suas receitas nesta mesma proporção

A crise econômica está prejudicando mais fortemente a economia dos pequenos municípios

A crise econômica está prejudicando mais fortemente a economia dos pequenos municípios

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Em meio ao cenário de crise econômica, o prefeito de Miraí, José Ronaldo Milani, realiza diversas ações que visam poupar recursos para garantir a manutenção dos serviços que são fundamentais à população. Além de cortar investimentos, demitir servidores, reduzir secretarias e eliminar contratos terceirizados, o chefe do Executivo também formulou Projeto de Lei nº 68/2015, determinando a redução de 10% sobre o valor bruto de sua remuneração, do vice-prefeito, dos secretários municipais e dos cargos comissionados.

imageA redução desses subsídios, segundo o texto do referido Projeto de Lei, terá vigência até o fim de 2016, e a justificativa aponta a necessidade de tais economias não só para manter os serviços essenciais funcionando, como também para tentar reservar recursos que possam ajudar a saldar os débitos herdados de gestão municipal anterior.

"Tenho a convicção de que esse Projeto representa o desejo da sociedade miraiense", diz José Ronaldo, ao justificar a redução dos salários realizada. Sobre a crise econômica, o secretário de Administração de Miraí, Geraldo Loures, sublinha que ela "é fato notórioe de conhecimento geral" e completa revelando que, por causa deste cenário, os municípios sofrem. "Infelizmente, as despesas crescem e as receitas, ano após ano, mês após mês, não acompanham a evolução das despesas".

Geraldo também frisa atual inflação que ele acredita agir como um câncer sobre o salário dos trabalhadores. Pior do que isso, conforme acredita o secretário, é a "política perversa" que vigora no país com relação à distribuição das receitas. "Infelizmente ela tem como base a matriz dos tempos da ditadura, concentrando a maior parte dos recursos arrecadados nas mãos do Governo Federal", reitera o titular da Secretaria de Administração de Miraí, lembrando que, cada vez mais, novas atribuições são transferidas para os municípios sem as devidas contrapartidas de recursos para o custeio das despesas.

Ele conta que, a partir de dados formulados pela Confederação Nacional dos Municípios, facilmente é possível observar a situação difícil em que se encontram todos os municípios brasileiros, em especial gravidade, aqueles de pequeno porte, com até 20 mil habitantes, como é o caso de Miraí. "Esses estão com dificuldades para pagar até a folha dos funcionários", explica o secretário, concluindo que, na contramão de todas as dificuldades, a gestão municipal, liderada pelo prefeito José Ronaldo Milani, trabalha incansavelmente para melhorar as condições de vida da população. "Isso eu posso garantir ao povo de Miraí", enfatizou aquele secretário.

Geraldo lembra também a questão crescente da judicialização da saúde, que obriga a prefeitura a assumir custos elevados com cirurgias e fornecimento de medicamentos. "É mais um ônus muito grande para os cofres municipais", conta. Além disso, lembra o secretário, "ainda pagamos indenizações trabalhistas, fornecedores e parcelamento junto ao INSS devido pela administração anterior".  E conclui informando que a prefeitura ganhou dos governos federal e estadual maquinários, caminhões e veículos novos que hoje eles estão sendo pouco usados porque não há dinheiro para pagar pelo combustível.

A Confederação Nacional dos Municípios produziu o quadro abaixo que ilustra a situação dos municípios hoje no Brasil.


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Autor: Paulo Victor Rocha e Marcelo Lopes

Tags: Prefeito de Mirai, Geraldo Loures, José Ronaldo, Secretário de Administração, redução de salário





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