Em 12/09/2012 às 17h18 | Atualizado em 27/07/2018 às 17h22

Programa Minas Leite ajuda a reduzir custos nas propriedades rurais

Ação, com o objetivo de possibilitar a produção co

Ação, com o objetivo de possibilitar a produção co

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O programa de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva do Leite em Minas Gerais (Minas Leite), criado pela Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), assiste atualmente a 1.107 fazendas no Estado e até o fim do ano deverá alcançar mais 43 propriedades.

Nessas propriedades são introduzidas práticas gerenciais, técnicas e administrativas com o objetivo de aumentar a produtividade e qualidade do leite diante dos crescentes custos principalmente com a alimentação dos animais. 

De acordo com o coordenador do Minas Leite pela Seapa, Rodrigo Puccini Venturin, os dados dos últimos meses têm mostrado a importância de ações simples de manejo e reformulação da dieta do rebanho leiteiro, que representa o item de maior peso no custo do leite.

“No acumulado de julho de 2011 a julho de 2012, o preço do litro de leite se manteve em R$ 0,87, mas o custo de produção teve uma alta de 18,93%. Os principais responsáveis são os gastos com ração concentrada, produto à base de farelo de soja e milho, que subiram 19,6%, e as despesas com o volumoso, formado por silagem de milho e cana-de-açúcar, que aumentaram 18,9% nos últimos doze meses, segundo a Embrapa”, diz Venturin.  

Por isso, o coordenador considera fundamental uma boa gestão de manejo nos pastos, que pode ser por meio do pastejo rotacionado. Este sistema consiste em áreas cercadas sobre o pasto, localizadas nas proximidades do local de ordenha. De acordo com a orientação dos extensionistas, é estabelecido um rodízio dos piquetes utilizados pelos animais, permitindo a recuperação do capim no local em que as vacas se encontravam.

Durante a seca, os animais recebem nessas áreas o alimento, que pode ser produzido na própria fazenda, à base de cana-de-açúcar ou silagem de milho, aprimorando a qualidade da produção desse volumoso. É necessário observar também a quantidade adequada para atender ao rebanho, possibilitando a redução do uso de ração, que teria de ser adquirida fora da propriedade.  

Lavoura e pecuária

Nas propriedades assistidas pelo Minas Leite, os técnicos da Emater-MG também recomendam o desenvolvimento do sistema de integração lavoura e pecuária, que pode ser conjugado com o plantio de florestas, contribuindo para a diversificação da produção e, como consequência, para o aumento da renda.

Venturin diz que é necessário considerar também itens de gestão como o manejo da água dos animais. Por isso, os extensionistas orientam os produtores na adoção de medidas para a melhoria da disponibilidade e do fornecimento de água. “É indispensável ter água de qualidade, sempre limpa e de boa quantidade, o mais próximo possível das salas de ordenha e dos cochos de alimentação e dos piquetes”, destaca Venturin.      

Para garantir a eficiência das ações destinadas à melhoria da produção de leite e da gestão dos negócios das propriedades, os técnicos da Emater-MG recebem primeiramente um treinamento na Fazenda da Epamig, em Felixlândia, na Região Central do Estado. Atualmente há 240 extensionistas envolvidos no trabalho nas propriedades e mais 180 se preparam para atender ao programa lançado há seis anos e agora presente em todo o Estado.

A coordenação do programa está buscando a maior participação dos sindicatos rurais, cooperativas e prefeituras. Venturin diz que a ajuda dessas instituições, mediante convênio, garante o reforço da assistência técnica às propriedades.  Para participar do Minas Leite o produtor deve procurar um dos escritórios da Emater-MG.

Fonte e Foto: Agência Minas

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