Uma operação realizada pela Polícia Militar de Meio Ambiente (4ª CIA, 2º Pelotão, 4º Grupamento) flagrou na manhã desta quinta-feira, 22 de maio, um acampamento com vários indivíduos envolvidos em atividades ilegais de caça e pesca predatória em uma área rural de Leopoldina. O grupo utilizava armas de fogo, cães e equipamentos proibidos para capturar animais silvestres e peixes, sem qualquer tipo de licença ambiental.
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A ação, desencadeada por volta das 9h da manhã, foi resultado de denúncias recebidas pelos militares, que apontavam a prática contínua de crimes ambientais no local. Ao chegarem ao acampamento, os policiais abordaram inicialmente cinco homens, com idades entre 26 e 52 anos. No decorrer da operação, outros participantes foram identificados e detidos, incluindo um homem de 66 anos que assumiu ter organizado o acampamento com seu filho, de 24 anos.
Além dos primeiros abordados, dois médicos veterinários – filhos de participantes do acampamento – chegaram ao local em um Fiat/Toro. Tentaram justificar a presença dizendo prestar serviços veterinários, mas foram desmentidos por evidências como a permanência de seus veículos no local e o fato de estarem retornando ao acampamento. Um deles assumiu a posse de uma espingarda de pressão. Foi confirmado que os três últimos abordados também participavam da atividade desde o sábado anterior.
Todos os envolvidos foram presos em flagrante e encaminhados à sede da PM em Leopoldina.
Materiais apreendidos
A operação revelou um cenário que comprova as denúncias de crimes ambientais. Entre os materiais apreendidos estavam:
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Um revólver calibre .22 com munição intacta;
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Duas espingardas (.22 e de pressão), além de munições escondidas no matagal;
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11 munições de diversos calibres (24, 32, 63.5 e 44);
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Uma armadilha para tatu;
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32 redes de pesca, uma tarrafa e um jequi;
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Aratacas (de ferro e de malha), facões, lanternas e roupas camufladas;
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Caixas térmicas com bebidas e mantimentos.
Na casa do caseiro da propriedade, os policiais também encontraram a carne congelada de um tatu abatido e cerca de 4 kg de pescado (traíra, cascudo e piau), além de carne bovina (costela).
Logística e atendimento aos detidos
Devido à falta de sinal de celular e rádio na região, os veículos utilizados pelos acusados foram conduzidos até o quartel da PM em Leopoldina, onde foram apreendidos pelo Auto Socorro São Pedro. Os presos passaram por atendimento médico na Casa de Caridade Leopoldinense, foram alimentados no quartel e contaram com a presença do advogado Alexandre Ferreira da Cruz (OAB/MG 154788).
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