De 4 a 8 de junho, a cidade de Manaus (AM) foi palco do 18º Congresso Brasileiro de Medicina de Família e Comunidade (CBMFC), o maior evento da área no Brasil e um dos mais relevantes da América Latina. Representando Cataguases, a coordenadora da Atenção Primária à Saúde, Fernanda Rocha, o enfermeiro Jorge Luis Tavares de Oliveira e o médico Joseph Antônio Freire participaram ativamente da programação, apresentando trabalhos científicos que destacam práticas exitosas da atenção básica no município.
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A presença da equipe na capital amazonense teve como objetivo compartilhar experiências e fortalecer o intercâmbio de saberes entre diferentes regiões do país, especialmente com profissionais da Região Norte, contou Doutor Joseph. Os temas levados por Cataguases destacam iniciativas locais que contribuem para a promoção da equidade, prevenção de doenças e fortalecimento da atenção primária.
Experiência em políticas de promoção e equidade
O enfermeiro Jorge Oliveira, junto da coordenadora Fernanda Rocha e da equipe da UBS Rural, apresentou o trabalho intitulado “Atuação do Comitê Técnico Municipal de Políticas de Promoção e Equidade: Relato de Experiência”. O estudo retrata a forma como Cataguases estruturou e desenvolveu um comitê técnico para pensar e implementar ações voltadas à redução das desigualdades em saúde, integrando políticas públicas e mobilização comunitária.
A iniciativa, segundo os autores, vem dando visibilidade a grupos historicamente vulnerabilizados, promovendo ações específicas de saúde da população negra, LGBTQIA+, do campo e das periferias, e reforçando o papel da Atenção Primária como porta de entrada humanizada e inclusiva do SUS.
Tabagismo e indústria do cigarro eletrônico
Já Joseph Freire, atuante nas unidades de saúde Bom Pastor e Dico Leite, levou ao congresso uma análise aprofundada sobre a nova roupagem da indústria do tabaco. Em seu trabalho, “Cigarro Eletrônico: Repaginação e Renovação da Indústria do Tabaco e a Efetividade do Programa Municipal de Controle ao Tabagismo em Cataguases no período de 2018 a 2022”, ele faz um alerta sobre os perigos dos dispositivos eletrônicos de fumar, especialmente entre os jovens, e avalia os impactos do programa municipal de controle ao tabagismo.
De acordo com o estudo, as ações do município conseguiram promover significativa redução no número de fumantes cadastrados nas unidades de saúde, através de estratégias como grupos de apoio, atendimentos individuais e ações educativas nas escolas. O trabalho também problematiza o marketing agressivo da indústria do cigarro eletrônico, reforçando a importância da educação em saúde e da regulação adequada desses produtos.
Troca de saberes e fortalecimento do SUS
Além da apresentação dos trabalhos, o congresso proporcionou aos participantes acesso a mesas-redondas, oficinas e debates sobre os desafios e caminhos da Atenção Primária no Brasil, fortalecendo o compromisso coletivo com um SUS mais equitativo, resolutivo e acolhedor.
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