Seminário sobre Acessibilidade acontece em etapas em Cataguases

Seminário sobre Acessibilidade acontece em etapas em Cataguases

O Grupo Acessibilidade Já, com atuação em Cataguases, realizou na tarde desta sexta-feira, 16 de setembro, no auditório da Faculdade Sudamérica, o 1º Seminário Acessibilidade de Cataguases. O evento contou com palestra “Acessibilidade e Mobilidade Urbana proferida pelo doutor em Ciências Sociais, Marcos Fontoura de Oliveira, que também é engenheiro civil. Estiveram presentes, a direção daquela instituição de ensino, o promotor de justiça, Gustavo Garcia Araújo, a equipe da Catrans, estudantes, entre outros.

Em sua palestra Marcos fez um panorama da acessibilidade, citando exemplos ao longo da história da humanidade. Entre outros, o de “Rosa Parks, a mulher negra norte-americana, que ficou marcada por recusar-se a obedecer a uma lei segregacionista que existia no transporte coletivo de Montgomery, no Alabama, Estados Unidos. Naquela época – contou – a legislação obrigava pessoas brancas sentarem à frente nos ônibus, e as negras, atrás. Em 1955 ela descumpriu a lei e foi presa desencadeando um movimento de reivindicação de direitos que durou anos até alterar a Constituição Americana para dar garantia de que não podemos nos separar”, completou.

Seminário sobre Acessibilidade aconteceO Seminário, conforme explicou José Wellington, o Zé Piu, começou efetivamente na noite anterior, dia 15, quando Marcos Fontoura falou aos alunos do curso de Arquitetura da FIC. Na ocasião, disse a eles para se “preocuparem em efetivamente tornar a cidade – por meio de seus projetos – acessível a todos, porque é comum ainda hoje dizer que tal lugar é acessível, mas a prática é outra com uma rampa muito íngreme, a existência de degraus, entre outros”, comentou.

Na próxima semana Marcos Fontoura encerra o evento por meio de uma palestra virtual aos cooperados e funcionários do Sicoob Coopemata, com mais uma abordagem sobre o tema. Ele disse que vai destacar neste encontro que o assunto “acessibilidade” entrou em pauta no Brasil a partir da Constituição de 1988, e desde 2015 a legislação a respeito ficou mais rigorosa. “Isto quer dizer que não basta construir um prédio com acessibilidade; tem que ser uma acessibilidade em que todas as pessoas usem da mesma maneira. Ou seja, a lei não é uma referência, mas sim uma imposição”, finalizou.

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