Empresa de ônibus de Leopoldina reduz serviços aos domingos e feriados

Empresa de ônibus de Leopoldina reduz serviços aos domingos e feriados

A Viação Leopoldinense, empresa concessionária do transporte coletivo de passageiros em Leopoldina, informou nesta quinta-feira, 27 de maio, que seus ônibus não vão circular aos domingos e feriados, a partir do próximo dia 30 de maio. A prefeitura, por sua vez, informou à empresa que ela sofrerá sanções caso não cumpra o contrato em vigor.

Conforme publicou o Site O Vigilante Online, o proprietário da empresa, Valdir Antônio Teixeira, disse que diariamente o serviço prestado vem registrando prejuízos devido à gratuidade de passageiros, cujo número é maior que o de pagantes e o valor apurado no final do dia não é suficiente para pagar a despesa com óleo diesel.

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“Tenho um prejuízo mensal de aproximadamente R$ 60 mil reais, há vários meses e, apesar disso, consegui manter os empregados. Não demitimos nenhum funcionário até o momento, mas a situação está chegando a um ponto que eu não vou aguentar”, desabafou Valdir, citando que outras empresas em diversas cidades também enfrentam sérias dificuldades.

Após a Viação Leopoldinense divulgar que não circularia aos domingos e feriados a partir do dia 30 de maio, a Prefeitura de Leopoldina se manifestou através de sua Secretaria de Administração. De acordo com o Executivo Municipal, a empresa de transporte urbano foi notificada no sentido de manter o contrato em seus termos, sob pena de revogação da concessão, e instauração do processo administrativo para a rescisão contratual.

Entenda a crise

A realidade do transporte coletivo urbano de Leopoldina não é diferente dos demais municípios da região, como Cataguases e Juiz de Fora, por exemplo. As empresas de ônibus urbanos vivenciam a pior crise da história do setor em função do grande número de carteirinhas de gratuidade em circulação nas cidades e a lei federal que dá passe livre para passageiros idosos (em Cataguases há também uma municipal que beneficia o público a partir de 60 anos).

Outro fator gerador de prejuízo é a redução do pagamento de passes escolares em razão da pandemia que interrompeu as aulas nas diversas escolas dos municípios, além do represamento, desde 2019, no reajuste na tarifa do transporte público, aliado aos aumentos sequenciais nos preços dos combustíveis. Também contribuem para esta situação pré-falimentar o aumento do número de veículos regulares e irregulares atuando no transporte de passageiros, como aplicativos e mototáxis.

Fonte e fotos: Jornal O Vigilante Online