Dona Euzébia é com “s” ou com “z”? A dúvida chega ao fim

Dona Euzébia é com “s” ou com “z”? A dúvida chega ao fim

Você sabe qual é a grafia correta para Dona Euzébia? Com “z” ou com “s”? A dúvida prevalecia até hoje, sendo que na própria cidade vê-se as duas formas distintas de escrever o seu nome, sem causa polêmica. A Prefeitura adota em seus documentos oficiais o nome do município de cerca de 6 mil habitantes com a letra “z”, a mesma que está na estação ferroviária. Este Site alternava entre as duas grafias, mas, há mais de um ano, optou por usar somente a letra “z” em respeito à tradição e até que a dúvida fosse sanada pelos mestres do vernáculo.

Nesta segunda-feira, 22 de junho, o jornal Estado de Minas trouxe uma matéria assinada por Gustavo Werneck a respeito do assunto, citando várias cidades que já tiveram seus nomes modificados legalmente ou pelo próprio povo. Sobre o caso de Dona Euzébia, não há mais dúvida que deve ser escrita com “z”. Pelo menos é o que assegura a professora da Faculdade de Letras da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Maria Cândida Trindade Costa de Seabra, coordenadora do Grupo Mineiro de Estudos do Léxico, os topônimos (nomes das cidades). Para ela “deve prevalecer a tradição, a história”, orienta.

Mesmo que, como se aprende na escola, a letra “s” entre vogais tenha som de “z”, o nome da cidade deve ser como está no registro da fazendeira: Dona Euzébia. Na lista do IBGE, o nome daquele município se mantém com “s”, embora a alteração oficial tenha ocorrido em 19 de março de 2019. “Aqui na cidade, o nome é escrito das duas formas. Na antiga estação ferroviária, com ‘z’, mas há placas com ‘s’”, conta o coordenador municipal de Cultura e Turismo, Sidney Martins do Nascimento. Para pôr fim aos desentendimentos, o novo portal em construção na entrada do município terá o “z” eternizado. “O Detran-MG foi comunicado para mudanças das placas dos veículos”, acrescenta.

Sobre a homenageada no topônimo, pesquisa da prefeitura informa que a fazendeira foi doadora de terras para a construção da estação ferroviária e da Igreja Nossa Senhora das Dores, padroeira do local. Antes da estação, o primitivo arraial tinha apenas uma pousada de pau-a-pique e sapé nas proximidades do prédio de embarque e desembarques. Depois, no entorno, se formou um povoado fortalecido pelo apogeu cafeeiro.

Fonte: Jornal O Estado de Minas com texto de Gustavo Werneck | Foto: Prefeitura de Dona Euzébia