Em 07/03/2012 às 07h36 | Atualizado em 27/07/2018 às 17h22

A mulher está longe de ser a rainha do lar, afirma a médica Maria Ângela


Um encontro entre nove profissionais mulheres com um público basicamente feminino, acontecido na noite desta terça-feira, 6, no Centro Cultural Humberto Mauro, abriu as comemorações pelo Dia Internacional da Mulher, em Cataguases. Denominado "Conversa de Mulher II" a iniciativa foi da Sociedade de Medicina e Cirurgia de Cataguases, que é presidida pela médica Maria Ângela Girardi, e contou com as presenças das médicas, Marísia Ritti, Teresa Cristina Titonelli, Dayse de Paula Oliveira, Fátima Olivia de Souza, a psicóloga Darlene Francis Biondo, a delegada Flávia Granado Maia, a Coordenadora da Casa de Maria, Marilza Sachetto e a advogada da Casa de Maria, Roberta Cabral.
Aberto pela presidente da Sociedade de Medicina e Cirurgia de Cataguases, Maria Ângela Girardi, ela retificou e atualizou a informação sobre o comitê de morte materna que ela acreditava ainda estar desativado, mas que na verdade voltou a funcionar em 2010. Em seguida, afirmou: "não consigo, nos dias de hoje, sentir a mulher como uma rainha do lar", citando as diversas formas de violência que ela sofre no seu cotidiano. Entre outros índices, Maria Ângela lembrou que a cada quatro minutos uma mulher é vítima de agressão sexual.

A partir daí a "conversa" ganhou a participação do público através de perguntas aos médicos presentes. Marísia Ritti procurou conscientizar sobre os riscos do uso do tabaco "tanto para quem fuma quanto para quem está ao lado", frisou. E completou: "apesar de ser dificil parar de fumar não é impossível". Já a gastroenterologista, Teresa Cristina, salientou a importância de uma alimentação saudável desde a infância. "É preciso educar o corpo para uma alimentação saudável e evitar o consumo de refrigerante e de outros alimentos nocivos à saúde. A prevenção é o melhor remédio", repetiu ela. Já a dermatologista, Fátima Olivia, lembrou também que o fumo também traz sérios problemas para a pele e fez um apelo para que as pessoas usem filtro solar diariamente "porque o sol é o principal causador de câncer de pele", lembrou.
A psicóloga Darlene Biondo abordou as principais queixas como ansiedade, depressão e pânico. E destacou: "Há pessoas que nunca terão depressão e outras que serão reincidentes. O importante, neste caso, é fazer o tratamento até o fim e não dar ouvidos ao vizinho", completou. A cirurgião plástica, Dayse Oliveira, procurou quebrar tabus sobre a cirurgia plástica. "Não dá pra fazer milagre. Por exemplo, se uma pessoa tem o quadril largo, a cirurgia não vai resolver o problema dela. Nos temos limites e o importante é que cada paciente converse abertamente com o seu cirurgião", aconselhou.


A delegada da mulher em Cataguases, Flávia Granado Maia explicou o seu trabalho que é realizado dentro da Casa de Maria. Ela também aproveitou para defender a aplicação da Lei Maria da Penha. Marilza Sachetto, coordenadora da Casa de Maria, explicou seu funcionamento acrescentando que o local já está conquistando a confiança das mulheres que passaram a procurar a entidade. "Nós já atendemos cem mulheres, desde que a Casa foi aberta. Um número muito bom", assegurou. Já a advogada e orientadora jurídica daquela instituição, Roberta Cabral, explicou sobre o seu papel de orientar juridicamente as mulheres em um momento de dificuldade e de insegurança. "A gente procura passar a elas total segurança de que não estão abandonadas e, a partir daí, mostramos a elas seus direitos".
A participação da plateia através de perguntas deu dinâmica ao evento e permitiu o esclarecimento de dúvidas, prestou informações e quebrou mitos. Na avaliação de Maria Ângela Girardi, a Mesa Redonda alcançou seus objetivos. "Sem dúvida, foi um momento muito importante por conta da participação maciça do público. Acho que contribuimos para ampliar a consciência sobre o papel da mulher em nossa sociedade", completou a presidente da Sociedade de Medicina e Cirurgia de Cataguases. Na plateia, assistindo ao evento, estava o médico Delano Carlos Carneiro, de Leopoldina, que é Diretor Adjunto de Assuntos do Interior da Associação Médica de Minas Gerais e ex-presidente da Urezoma. (As fotos exclusivas
 

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