Em 16/10/2018 às 16h42 | Atualizado em 16/10/2018 às 16h42

Polícia de Muriaé apura caso de adoção de bebê recém-nascido

Criança saiu de Belo Horizonte "adotada" por casal de Muriaé. Negociação foi intermediada por uma mulher na internet e pelo Whatsapp

Em entrevista ao Programa Balanço Geral, Keliane negou ter vendido o próprio filho

Em entrevista ao Programa Balanço Geral, Keliane negou ter vendido o próprio filho

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Um bebê de pouco mais de um mês de idade foi encontrado em um sítio na zona rural de Muriaé (61 km de Cataguases), no último dia 12 de outubro, sob a guarda ilegal de quatro pessoas. A Polícia Militar suspeita que a mãe da criança, Keliane Monique Ferreira Eustáquio, de 31 anos de idade, que mora em Belo Horizonte, vendeu o próprio filho. Ela nega e chegou a dar uma entrevista ao programa Balanço Geral da Record TV dizendo ter entregue o bebê para uma amiga que desapareceu com ele (veja a reportagem aqui). 

O Site do Marcelo Lopes teve acesso aos boletins de ocorrência com o registro do episódio. O primeiro foi lavrado às 12h29min e revela que no dia anterior, Keliane saiu de casa com o filho por volta das 11h30min para entregar o bebê para Luciene Maria da Silva Cardoso, 34 anos, que segundo ela, reside em Miraí. Os militares tentaram entrar em contato com Luciene mas ela desligou o telefone e não mais atendeu as ligações, conforme o Boletim de Ocorrência. A PM então deu início a diligências à procura dela que foi encontrada em um sítio, em Muriaé, onde também estava o bebê e outras três pessoas, que foram indiciadas no artigo 242 do Código Penal que imputa como crime registrar como seu filho de outrem, ocultar recém-nascido, entre outros.

O segundo Boletim de Ocorrência registrado às 17h05min daquele mesmo dia esclarece o episódio. O bebê saiu de Belo Horizonte com destino a Muriaé por intermédio de Kethellen Almeida de Souza, 23 anos. Ela contou aos policiais ter conhecido a mãe da criança em um site de adoção quando Keliane buscava alguém para adotá-lo. A partir daí - ainda conforme sua versão - ela se interessou em intermediar o processo para um casal de amigos e manteve uma série de diálogos com a mãe da criança por mensagens no Whatsapp que culminaram com a definição da data para a entrega do bebê à ela, 11 de outubro, em Belo Horizonte.
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Kethellen e outros dois homens foram para a capital mineira com uma autorização de viagem para menor e uma declaração de guarda, ambos em branco. Ao chegarem eles se encontraram com Keliane que estava com o filho no colo, no Shopping Norte, em Venda Nova e de lá saíram para um cartório de registro civil próximo dali, onde assinaram a declaração de viagem para a criança com firma reconhecida da mãe do bebê. Em seguida pegaram a criança e voltaram para Muriaé, ainda de acordo com a versão de Kethellen, que foi confirmada por Luciene e Agnaldo, que seriam os "pais adotivos" do bebê, que acrescentarem terem acompanhado todo o processo de negociação com Keliane.

O Conselho Tutelar de Muriaé foi acionado e o bebê levado para a Casa Lar daquele município onde aguarda os procedimentos legais para ter o seu destino definido. Os policiais também encontraram na casa dos "pais adotivos" a certidão de nascimento da criança e seu cartão de vacina. Porém, chamou a atenção dos militares informações inverídicas nestes documentos. Conforme o Boletim de Ocorrência, a assinatura de Keliane é diferente de seu documento de identidade, o destino da viagem com a criança registrava Miraí, sendo que o correto é Muriaé, além de um documento informando que o bebê fora entregue ao casal Luciene e Agnaldo, sendo que a mulher não foi a Belo Horizonte. Todos os envolvidos compareceram à delegacia de Polícia Civil em Muriaé para prestarem depoimento, e até o momento ninguém foi preso. (Foto: Reprodução Record TV)

Tags: bebê, criança, adoção, casal, Muriaé





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