O ex-vereador e ex-presidente da Câmara Municipal de Cataguases, Fernando Pacheco, que em 2016 recebeu 16.105 votos para prefeito, não se elegendo por apenas 693 votos, concedeu uma entrevista exclusiva ao Site do Marcelo Lopes no começo da noite desta segunda-feira, 02 de julho, para anunciar oficialmente sua pré-candidatura a Deputado Estadual pelo Partido Humanista da Solidariedade (PHS). Acompanhado do ex-prefeito Tarcísio Henriques Filho, do advogado José Henriques, do empresário Marco Antônio Cadete Souza e do assessor Marco Aurélio de Oliveira, ele confirmou que vai trabalhar "com determinação" para que o município volte a ter um representante na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, um clamor de toda a nossa população", disse.

Fernando contou que decidiu lançar sua pré-candidatura agora após ter toda a documentação a respeito de sua filiação regulamentada, bem como a definição dos principais temas que vai conversar com o eleitor cataguasense e da região durante o período eleitoral que, segundo ele, "são essenciais para o desenvolvimento de Cataguases". Outro motivo, segundo revelou, foi o crescimento de sua campanha na eleição para prefeito, o que acabou levando o seu grupo político a sugerir seu nome para o pleito deste ano, seguindo a ótica de que o município precisa ter um deputado estadual. "E eu estou à disposição para buscar ser este representante", explicou, emendando na sequência: "Hoje nós vemos o quanto os representantes de algumas cidades fazem por elas e nós mal recebemos migalhas. Então, esta pré-candidatura chega no momento de fazer valer a nossa vontade, de termos o representante de Cataguases e região na Assembleia", analisa.

A ida para o PHS é mais um esforço de tentar se eleger obtendo um número menor de votos do que se estivesse numa legenda maior. Segundo Pacheco, este mesmo Partido elegeu um deputado estadual em 2014 que abandonou a legenda posteriormente. "Agora temos a chance de repetir esta situação por meio do nosso trabalho. Por isso pretendemos trabalhar em vinte cidades aqui da nossa microrregião voltando nossas ações em benefício do desenvolvimento de nossa região. Vamos atuar no sentido de buscar os recursos existentes no Orçamento do Estado destinados aos municípios. Nós teremos uma equipe técnica para trabalhar com projetos que poderão se transformar em melhorias para os municípios", explicou. Ele também vê o cenário eleitoral favorável a candidatos "isentos de qualquer mácula na parte judicial ou que tenha tido insucesso como gestor", avalia, numa alusão aos candidatos que não estão envolvidos em escândalos de corrupção.

Com experiência em Finanças Públicas e Saúde onde atuou como Secretário da Prefeitura de Cataguases, Fernando Pacheco, fala que esta atuação nestes setores lhe dá conhecimento detalhado sobre estas áreas da administração e "sei onde há recursos do Orçamento estadual disponíveis e como trabalhar na área de saúde, onde uma gestão cuidadosa auxiliada por um deputado que também conhece o setor fará toda a diferença", garante. Para ele, "nós temos que resgatar esta vertente de bons políticos que sempre tivemos e que agora ficamos na mesmice, e recuperar o que foi perdido". Sobre isto ele lembra que Cataguases, "a pouco tempo perdeu patrimônio com a venda de imóveis, perdeu a unidade do Corpo de Bombeiros que seria instalada aqui e, agora está perdendo a agência da Receita Federal. Mas já perdeu muitas outras coisas porque não ter seu deputado estadual. Então eu acredito que nós temos que resgatar Cataguases no cenário político", afirmou.

- Eu quero, dentro do princípio da ética que para mim, junto com a prestação de contas é uma das maiores ferramentas, ser este interlocutor, o intermediário. Não estou dizendo que vou resolver, mas sim que vou trabalhar com afinco as causas do IPHAN, que exige a preservação da cidade, mas não dá recursos para isso, bem como a da Copasa, que está nos prejudicando. Cataguases está entregue às coisas ruins que a Copasa vem fazendo. O IPHAN cobra tudo, mas não dá nada, repito. Vamos brigar para ter um escritório dele aqui para a gente ter um diálogo mais próximo. Vamos promover parcerias com ONGs, criar novos consórcios entre municípios, cooperativas, promover o associativismo com o homem do campo. Não quero nada além disso porque estou na política como consequência da minha carreira na área pública. E posso e quero ser o representante de Cataguases e região na Assembleia", afirmou.

A receptividade a seu nome como eventual candidato a deputado estadual tem sido muito bem recebido pelo eleitor, na opinião do próprio Fernando. Segundo ele, esta aprovação deve-se também à frustração da população com deputados que estiveram aqui pedindo votos e depois se envolveram em casos de corrupção ou abandonaram Cataguases. Neste contexto, ele está formalizando uma aliança com o pré-candidato a deputado federal por Leopoldina, Bené Guedes, com quem pretende percorrer a região. Bené foi quatro vezes deputado estadual, além de prefeito daquela cidade e esta união, na visão de Fernando Pacheco, será muito útil para o desenvolvimento desta região. "Precisamos nos unir para que possamos retomar nosso crescimento e esta parceria com o Bené tem exatamente este objetivo, porque não dá mais para esperar que lembrem da gente, nós temos que buscar o que queremos e esta união é o caminho que precisamos trilhar para alcançá-lo", diz.

Finalizando, o pré-candidato diz que seu partido ainda não definiu quem vai apoiar para o governo do Estado e que pretende realizar, nos quarenta e cinco dias de campanha, todo o seu cronograma de trabalho para este período, pois, conforme afirma, "não tenho recursos para campanha. E acho bom não ter porque o dinheiro que entra numa campanha é cobrado depois e muito caro", diz. Segundo ainda Fernando o compromisso que ele tem e vai manter é com seu grupo político, "porque eu creio que político nenhum faz nada sozinho. Mas se ele estiver em volta de um colegiado de pessoas que pensam e atuam em conjunto, acho que as coisas começam a acontecer", conta. E conclui: "pretendo ser o candidato da terra, que vive os problemas da cidade e região e quer ajudar a resolvê-los", afirmou.