Desde o final do ano passado a Polícia Rodoviária Federal (PRF) de Leopoldina usa dois radares móveis para fiscalizar excesso de velocidade dos veículos que circulam no trecho da Br-116 sob sua responsabilidade. De acordo com o chefe da 7ª Delegacia da PRF, Américo Cabral, aquela unidade é responsável por 294 quilômetros nas BRs 116, 267 e 356, que incluem trechos de serra, urbanos e pistas sinuosas.

No primeiro fim semana com a utilização dos novos equipamentos a PRF registrou 15 acidentes, com danos materiais e sem óbito. De acordo com o chefe da Delegacia da PRF, o fluxo de veículos acima do esperado foi agravado pelo período de chuvas na região. Por isso, os radares se tornam uma estratégia necessária. "A orientação era identificar os pontos de maior índice de acidentes no trecho em que fiscalizamos e usar o radar um pouco antes destes locais para que o condutor passe por ele na velocidade ideal", comentou na ocasião o chefe da Delegacia da PRF de Leopoldina.

Américo Cabral também explicou como o equipamento é usado pelos policiais rodoviários. "A captação de imagens pode ser no modo manual ou automático e tem um alcance de dois quilômetros, evitando assim que o condutor só reduza a velocidade ao passar perto do radar", disse. Ele acrescentou que a multa não é o principal objetivo da PRF. "A intenção é conscientizar o condutor de que a fiscalização será constante, como um reforço da percepção de segurança. Queremos diminuir acidentes, porque o desrespeito à velocidade está entre as principais causas de ocorrências em rodovias", contou.

Além disso, o chefe da Delegacia também lembra que as blitze realizadas pela PRF em Leopoldina incluem testes de etilômetro. "O condutor que usa álcool se sente corajoso, assume riscos e coloca a vida de outros em perigo. A gente não quer condutor alcoolizado nem velocista na rodovia", afirmou Américo Cabral.