Em 21/12/2013 às 16h10 | Atualizado em 27/07/2018 às 17h22

Rodrigo Santos passa o rock nacional a limpo em show antológico

Em ano com muitos excelentes shows, o de Rodrigo Santos, deve ser considerado o melhor da história do Projeto Usina Cultural

Rodrigo Santos com Fernando e Kadu Menezes na bateria: show memorável

Rodrigo Santos com Fernando e Kadu Menezes na bateria: show memorável

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Rodrigo entrou no palco da Fundação Ormeo Junqueira Botelho acompanhado por seu parceiro de Barão Vermelho, Fernando Magalhães, e pelo excelente baterista Kadu Menezes. Nos primeiros acordes do Hit "Maior Abandonado" já era possível vislumbrar o que viria a seguir. Aquela sonoridade "suja", característica de um power trio, o baixo bem timbrado, "na cara" e uma quase telepática integração dos músicos, formava o clima perfeito. Rodrigo é um dos grandes ícones do rock nacional, tendo acompanhado grupos e bandas como Lobão, Kid Abelha entre outros antes de integrar o Barão. Com uma bagagem musical tão intensa o músico resolveu passar a limpo todo o rock nacional (e até enveredou com maestria pelo internacional).

E tome sucessos inesquecíveis, plateia! Vieram "Tempo Perdido", "Exagerado", "Beth Balanço" "Por que a gente é assim",  e até "Metamorfose Ambulante" do mestre Raul, todos tocados em seguida, um petardo atrás do outro para delírio do público. Literalmente.  O som tomava conta do ambiente e inebriava as pessoas que cantavam com Rodrigo e seus amigos, cada palavra das músicas. E aqui, uma homenagem ao baterista Kadu Menezes que entrou no palco com "sangue nos olhos". A bateria em determinados momentos ficava pequena para o grande talento do músico, que descia a mão impiedosamente em seu kit, além de interagir muito com a platéia. Ele também foi um show à parte. Incrivelmente maravilhoso.

Tantos hits somados à competência dos músicos e ao carisma de Rodrigo, deram a eles a possibilidade de tocar com a platéia na mão desde o inicio do show. A integração foi tanta, que eles não queriam mais parar de tocar, totalizando mais de duas horas e meia de show. Para ser mais exato, duas horas e quarenta e cinco minutos de muito rock and roll, adrenalina lá em cima e muito talento. A plateia virou parte integrante do show, funcionando mais ou menos como o quarto elemento do trio em uma fantástica, repito, interação. Desculpe o leitor se estamos sendo um pouco repetitivos, mas faltam adjetivos para definir com exatidão o que aconteceu naquele Anfiteatro na noite desta sexta-feira, 20 de dezembro.

imageEm um show com tantos destaques e momentos memoráveis, não será nenhuma injustiça eleger um como o mais significativo da noite. Durante o hit "Satisfaction", clássico dos Rolling Stones, Rodrigo perguntou se tinha algum baixista na plateia para que pudesse tocar com eles uma canção. A galera logo apontou para Leandro Abritta, um dos expoentes da música na cidade, que sem se intimidar aceitou o desafio e assumiu a "responsa". E veio o clássico daquela banda inglesa com Leandro no baixo e Rodrigo apenas nos vocais. Livre, ele não titubeou e foi cantar no meio da plateia, já ensandecida com tantos sucessos e uma energia que não estava cabendo dentro do Anfiteatro.

No fim do show, Rodrigo avisou que iria fazer um bis com cinco canções o que levou o público ao delírio. Deve ter cantado mais do que isso. Mas é preciso registrar ainda, antes de terminar este texto, as três músicas que ele interpretou sendo duas de seu novo disco, Motel Maravilha, e outra ainda não gravada, a fantástica "32 segundos". E as surpresas não paravam. Ainda nos "extras" do show, e após tocar "Pense e Dance", do Barão, o trio emendou com "Nós vamos invadir sua praia", clássico oitentista do Ultrage a Rigor. Nesse momento o baixista chamou parte da platéia para subir ao palco e encerrar com ele a apresentação.  

E aqui entramos numa seara em que palavras não são capazes de descrever com clareza este momento do show. Mas quem esteve lá guardará este instante mágico e único que viveram para o resto de suas vidas, como uma lembrança a mais deste show antológico que o produtor cultural Fausto Menta (mil vezes parabéns para ele) nos proporcionou com este seu projeto Usina Cultural, que tem apoio da Fundação Cultural Ormeo Junqueira Botelho e patrocínio da Energisa, através da Lei de Incentivo a Cultura de Minas Gerais. Viva a música, por nos permitir viver momentos de êxtase como este.

Veja as fotos do megashow na galeria abaixo





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Autor: Márcio Chagas e Marcelo Lopes

Tags: Rodrigo Santos, Barão Vermelhor, Usina Cultural





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