Em 18/05/2012 às 19h15 | Atualizado em 27/07/2018 às 17h22

Procurador explica os problemas ocorridos no cemitério, assume existência de desvios e libera as informações para os vereadores

[caption id="attachment_7583" align="aligncenter" width="400" caption="O Procurador do Município, Roosevelt Pires, explica o caso dirigindo-se ao presidente da Câmara, Vereador Antônio Batista Pereira"][/caption]
A sessão da Câmara Municipal de Cataguases realizada na tarde da última quinta-feira, 17, às 16 horas, teve a participação do Procurador do Município, advogado Roosevelt Pires, que explicou os acontecimentos no episódio que ficou conhecido como “Escândalo do Cemitério”. Na terça-feira, 15, o vereador Vanderlei Teixeira Cardoso, o Pequeno, havia anunciado que entraria com um pedido de instalação de uma Comissão Especial de Inquérito a fim de apurar possíveis irregularidades no Cemitério São José.
Também esteve na mesma sessão Valdecir Taveira, o administrador do cemitério à época das irregularidades. Ele, em conversa com o jornalista Marcelo Lopes, editor deste site, durante aquela sessão, disse que não vai falar “mais sobre este assunto. Não tenho nada a declarar”. Valdecir assistiu a toda reunião calado e, mesmo quando foi convidado pelos vereadores a se pronunciar, preferiu manter-se em silêncio.
Logo após o início da reunião o presidente da Casa, Vereador Antônio Batista Pereira, convidou Roosevelt Pires a explicar os acontecimentos no Cemitério. Ele disse que estes fatos foram tornados públicos através dele em um programa de rádio (apresentado pelo locutor Luisinho Rodrigues) porque o “secretário de Fazenda notou que estava sendo depositado pouco dinheiro naquela conta” (especifica do cemitério) e teria pedido à Fiscalização Tributária “uma avaliação para verificar o que estava ocorrendo”.
Roosevelt contou que este procedimento confirmou o pequeno volume de depósitos na conta corrente do cemitério e que o prefeito Willian, após tomar conhecimento do relatório teria lhe pedido para confirmar tudo o que constava no referido documento. O Procurador disse que após atender a ordem do prefeito ligou para ele em Belo Horizonte - onde estava em viagem -para dizer-lhe que confirmava o relatório. Então, ainda de acordo com Roosevelt, o prefeito lhe ordenou fazer o decreto de exoneração do servidor responsável pelo cemitério. “E assim foi feito e o servidor exonerado”, narrou aos vereadores.
Ainda em seu pronunciamento, Roosevelt garantiu que o problema relativo ao cemitério que diz respeito a esta administração “é a questão do levantamento das irregularidades que estavam ocorrendo com questão (sic) do depósito de dinheiro. Isso aí tá sendo apurado e, logicamente, nós vamos ter que tomar as medidas, porque até o Ministério Público – este assunto chegou no Ministério Público - já nos enviou ofício pedindo informações.  Após o levantamento nós vamos verificar legalmente que tipo de ação é cabível para que este valor possa ser voltado ao erário municipal. Então é esta a situação”, completou.
O Procurador também disse que há somente três casos de retirada de corpos de seus túmulos, mas um deles é de 2003, “portanto não ocorreu nesta Administração”, destacou. E finalizou: “a hora que os senhores quiserem ir lá (sic) na fiscalização tributária ter acesso ao processo, livre pros senhores, certo?”. Depois desta explicação, o Vereador Vanderlei Pequeno decidiu adiar a apresentação do pedido de abertura de uma Comissão Especial de Inquérito. “Diante do exposto vou ler os documentos deste caso para depois tomar uma decisão”, revelou.
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