Em 09/05/2012 às 19h32 | Atualizado em 27/07/2018 às 17h22

Mesmo distante do rio Pomba, moradora do Bairro São Cristóvão convive com enchente em casa há quase três anos

[caption id="attachment_7260" align="aligncenter" width="300" caption="Elizabeth mostra os documentos dos órgãos que já procurou na tentativa de solucionar seu problema"][/caption]
As residências construídas na parte alta do Bairro São Cristóvão, em Cataguases, tem trazido transtornos para alguns moradores das casas adquiridas através da Cohab, especialmente as que estão situadas na Rua Galba Rodrigues Ferraz, a via principal, que vai até à terceira ponte. Segundo uma das moradoras do local, Elizabeth Aparecida de Souza Carlos, por causa da construção destes imóveis, sua casa inunda e é tomada pelo barro sempre que chove. “Tenho convivido com esta situação há três anos e já pedi providências à Prefeitura, à Defensoria Pública, à Defesa Civil e também à Associação de Moradores do Bairro, mas até agora nada foi feito para solucionar o nosso problema”, desabafou.
Elizabeth chamou a reportagem do Site do Marcelo Lopes para contar drama que tem vivido. A casa dela foi adquirida em um programa de financiamento popular da Cohab e desde que se mudou para lá, começou a fazer uma ampliação no imóvel que teve de ser interrompida, segundo ela, logo após a primeira inundação, em 2010. “O barranco nos fundos daqui de casa virou um cachoeira, de tanta água que caía. E como não tinha vazão ela entrou na cozinha, quartos, sala e banheiro. Até na varanda veio água e muita terra” explicou, mostrando as fotos para comprovar (que estão reproduzidas no final desta reportagem).
A origem principal do problema, na opinião de Elizabeth, é a “construção irregular” de casas na parte de cima do bairro, onde, ainda segundo ela, “era um pasto e não tem rua”. A reportagem esteve no local e confirmou que acima da casa dela há imóveis construídos onde não há ruas, e parece terem sido erguidos em área inadequada e, portanto, sem o alvará da Prefeitura. Nesta região, de acordo com a moradora, quando a Cohab construiu as casas, “fez grandes valetas para o escoamento da água da chuva que, agora, estão sendo tampadas com a terra decorrente das obras irregulares”, ocasionando as enxurradas em sua casa e também o desmoronamento do barranco.
Para ela a solução do problema depende apenas da Prefeitura colocar manilhas para canalizar a água da chuva. “Já que deixou construírem numa área sem infraestrutura, cabe a ela (Prefeitura), urbanizar o local porque se nada for feito urgentemente, aquele barranco aqui atrás da minha casa vai desmoronar e provocar uma tragédia” prevê. Por fim ela desabafa: “Estou cansada de correr atrás de uma solução para este problema”.
O Procurador do Município, Roosevelt Pires, atendeu a reportagem do Site do Marcelo Lopes e disse que vem acompanhando o caso de Elizabeth “com atenção”. Com relação a uma solução para o problema, ele disse que já esteve no local com o Secretário Municipal de Serviços Urbanos, Luiz Fernando Gomes da Silva, o Teco, e informou que na próxima semana a Prefeitura vai realizar as obras no local “para escoar a água da chuva, inclusive a valeta que já existiu ali será refeita”, acrescentou.


[caption id="attachment_7264" align="aligncenter" width="400" caption="Não há ruas no local onde estão sendo construídas novas residências"][/caption]

[caption id="attachment_7263" align="aligncenter" width="400" caption="Parte da casa de Elizabeth, do barranco em erosão e outra moradia acima"][/caption]

[caption id="attachment_7262" align="aligncenter" width="400" caption="Água e lama tomaram conta da frente da residência"][/caption]

[caption id="attachment_7261" align="aligncenter" width="400" caption="Nos fundos da casa a lama, vinda do barranco, tomou conta do quintal"][/caption]
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