Em 28/03/2012 às 20h44 | Atualizado em 27/07/2018 às 17h22

Ações trabalhistas ajuizadas pelo Sindicato da categoria contra o Pronto Cordis serão todas julgadas agora em abril

A presidente e a advogada do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Saúde de Cataguases, Leopoldina, Miraí, Astolfo Dutra e Ubá, Gleide Dutra Araújo e Sueli de Almeida Lopes Nunan, respectivamente, concederam uma entrevista aos jornalistas Marcelo Lopes e Sousa Mendonça na manhã desta quarta-feira, 28, no programa "Conversa Franca", da Rádio Brilho FM. Elas falaram sobre as ações que o Sindicato está tomando no sentido de resguardar e fazer valer os direitos dos empregados do Pronto Cordis, hospital que teve suas atividades paralisadas no dia 1º de fevereiro último.

Gleide reiterou que as ações que o Sindicato está tomando neste episódio "são em prol dos funcionários". Neste sentido ela refutou a afirmação de Jaime Netto, de que se aquela entidade não tivesse bloqueado as receitas do Pronto Cordis na Justiça, seria menos penoso o caminho para a reabertura daquele hospital. "Nós aconselhamos os funcionários a entrarem logo com o pedido de rescisão indireta mesmo sabendo que o Pronto Cordis poderia voltar a funcionar, porque não tivemos nenhuma resposta aos nossos questionamentos por parte da diretoria do Pronto Cordis e nós, enquanto Sindicato, precisamos dar uma resposta ao nosso associado e esta foi a mais adequada para aquele momento".
Quanto a relação mantida entre Sindicato e Pronto Cordis, Gleide revela que "nunca fomos recebidos pela direção e sim pelo pessoal do Departamento Pessoal. E, antes de fechar, não avisou ao sindicato que ia paralisar suas atividades. Aí então, o nosso primeiro passo foi pedir esclarecimentos à diretoria e também não obtivemos resposta. Diante desta inércia nós falamos com os trabalhadores que a solução era pedir a rescisão indireta do contrato de trabalho". Por conta disso, acrescenta a presidente do Sindicato, "47 funcionários entraram na justiça através do Sindicato". Outros também tomaram este caminho, mas por vias próprias, informou Sueli.
Sueli lembrou que os salários dos funcionários estão em dia "sendo que o de janeiro foi pago em meados de fevereiro e apenas o décimo terceiro salário não foi pago. Além disso, há débitos com o FGTS que não vinham sendo recolhidos há cerca de 10 a 11 meses. E o mês de fevereiro não foi pago porque já estava interditado o hospital e isso é um assunto que estamos pleiteando na justiça", explicou. Com a situação indefinida, ela conta que "os funcionários estão em situação difícil, porque há casais que trabalhavam no Pronto Cordis e hoje está sem receber e, por isso, vivendo um drama enorme para poder pagar suas contas e ter o que comer".
A respeito das ações na Justiça do Trabalho a advogada do Sindicato deu uma notícia motivadora. "Estivemos na Justiça do Trabalho e todas as ações dos funcionários contra o Pronto Cordis serão liberadas na primeira audiência. Assim, o empregado terá liberado o saque de seu Fundo de Garantia já existente. Ou seja, o dinheiro que tiver lá ele poderá sacar, apesar de a empresa não estar depositando há cerca de onze meses, conforme já disse. Além disso, este trabalhador poderá requerer o seguro desemprego. O trabalhador também terá liberada sua carteira de trabalho e vai ter a tranquilidade para ir buscar nova colocação no mercado. As audiências - que terão pauta única (somentes serão julgadas as ações dos funcionários do Pronto Cordis) serão realizadas nos dias 9, 11, 16 e 23 de abril", revelou Sueli Nunan.
Sueli, por fim, disse que o empregado do Pronto Cordis pode buscar outro emprego de carteira assinada mesmo existindo o vínculo com aquele hospital. Segundo ela isto é possível porque o Pronto Cordis está "interditado". Ela encerrou com um conselho aos funcionários: "todos eles que ainda não procuraram o sindicato o façam para regularizar sua carteira através rescisão indireta, o mais depressa possível".
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