Em 09/03/2012 às 18h53 | Atualizado em 27/07/2018 às 17h22

Prefeitura descarta ajuda ao Pronto Cordis, diz Procurador do Município

Uma possivel ajuda financeira da Prefeitura visando a reabertura do Pronto Cordis foi completamente descartada nesta manhã de sexta-feira, 9, pelo Procurador do Município, Roosevelt Pires, durante entrevista ao programa Conversa Franca, do radialista Sousa Mendonça. Ele revelou a preocupação com o futuro dos funcionários e a oferta do prefeito Willian Lobo de Almeida de procurar ajuda com a direção do Pronto Cordis, junto aos governos estadual e federal. Roosevelt acrescentou que o fato de a Prefeitura ter tomado conhecimento com antecedência do fechamento do Pronto Cordis permitiu organizar o atendimento no hospital de Cataguases, "não trazendo nenhum problema para a população neste sentido", especificou. Veja os principais trechos da entrevista.
Alugar ou comprar o prédio do Pronto Cordis
"Fui contatado pelo Doutor Jaime Netto e marcamos uma reunião em que ele viria com o Jurídico dele, e eu o recebi no Gabinete do Prefeito Willian. Nesta audiência ele manifestou se o município teria interesse em alugar ou comprar o prédio (onde funciona o Pronto Cordis) e instalar ali um serviço de Pronto Atendimento, porque nós estamos recebendo agora uma UPA, que está em fase final de entendimento e temos também que melhorar o nosso Pronto Atendimento. Seria o ideal, falei isso pra ele, mas juridicamente um aspecto nos impede de fazer isso agora: Ele tem que declarar fechado o Pronto Cordis para daí, a partir de trinta dias, quem for assumir não ser responsável pelo passivo do Pronto Cordis. Porque nós não temos noção nenhuma de quanto é este passivo... Não sei se foi falado por ele aqui na entrevista, porque só ouvi parte dela. Então é um risco."
"E durante estas conversas (de que o hospital poderia fechar) nós fomos nos preparando porque, querendo ou não, o município é o Gestor do SUS a quem cabe administrar qualquer problema neste setor. E há quase dois meses nós recebemos um ofício do Pronto Cordis assinado pelo doutor Jaime Netto, dizendo que encerraria as atividades por sessenta dias. (...) Então nós reunimos o Pronto Cordis com o Hospital de Cataguases que assumiu o serviço do Pronto Cordis, que era credenciado em 20% (da cota total a que Cataguases tem direito) do SUS e a coisa está fluindo bem porque nós nos preparamos antes."
"Agora quanto à questão do município ajudar, infelizmente, o Pronto Cordis é um hospital particular. A legislação não permite o município aplicar qualquer verba municipal num hospital particular. Não há esta possibilidade. O que o prefeito Willian colocou-se a disposição para fazer é ir com os representantes do Pronto Cordis, não só no governo estadual como também ao federal em busca de ajuda para isso, mas até agora não houve manifestação por parte do Pronto Cordis. Então a situação em relação ao município é esta: estamos esperando terminar o prazo de sessenta dias para ver o que a direção do Pronto Cordis vai decidir e a partir daí, saber o que o município vai poder fazer. Em face o atendimento está normalizado desde o primeiro momento, porque nos preparamos para isto e, graças a Deus, o Hospital de Cataguases está credenciado para receber este atendimento."
A situação dos 98 funcionários
"O Prefeito está sensibilizado com esta situação. Esta questão do Pronto Cordis nos preocupa e muito. Só que o município não tem como absorver isso, principalmente na questão de saúde, porque hoje com os programas federais, o município anda no limite com servidores dos programas de saúde. Porque, graças a Deus, em questão de saúde, que não está assim uma maravilha, não, mas nós temos programas sociais e federais implantados. Logicamente que, se chegar a uma definição, o que o município puder absorver, ele irá fazer tranquilamente. Inclusive, com a abertura da UPA que está para vir aí, já é uma possibilidade disto acontecer. Eu não posso te falar números, mas existe esta possibilidade."
Situação do convênio com o SUS
"Este benefício é de Cataguases e ele é mantido em Cataguases. Ele já está, nestes sessenta dias, sendo repassado em sua totalidade para o Hospital de Cataguases. O SUS reconhece isso, porque na verdade o credenciamento do Pronto Cordis foi um acordo de irmãos. O Hospital que repassou vinte por cento de sua cota para o Pronto Cordis. Então não há nada administrativamente que possa impedir isso. Não se perde recurso de jeito nenhum."
 
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