Em 11/11/2011 às 11h32 | Atualizado em 27/07/2018 às 17h22

Ostomizados insatisfeitos querem voltar a ser atendidos na Policlínica Municipal

Há um grupo de pessoas ostomizadas em Cataguases indignado com a mudança de endereço para a substituição das bolsas que trazem junto ao corpo. A troca que até recentemente acontecia na Policlínica Municipal passou, agora, a ser feita no PSF do Bairro Thomé. A mudança não agradou e eles, que dependem deste serviço para sobreviver, reivindicam o retorno do atendimento para a Policlínica.
Ostomizados são pessoas que foram submetidas a uma cirurgia chamada ostomia, que é um procedimento que permite a ligação de um órgão interno com a parte externa do corpo, com a finalidade de eliminar os dejetos do organismo. Essa cirurgia é realizada quando o paciente tem o intestino ou bexiga desviado, por causa de perfurações no abdômen, câncer, doença do cron e outros tipos de doenças. A partir de então, ele passa a utilizar uma bolsa coletora, na região do abdômen e leva uma vida normal, tomando cuidado apenas com a bolsa e a sua substituição na hora certa, que deve ser feita por um profissional especializado.
Rose Sousa, ostomizada, procurou o Site do Marcelo Lopes, afirmando representar vinte e oito ostomizados, para manifestar a sua frustração com a mudança de endereço e reivindicar a volta do serviço para a Policlínica Municipal. “Este mês já não fomos atendidos na Policlínica. Quando cheguei lá me informaram que deveria ir ao Posto de Saúde do Bairro Thomé para efetuar a substituição da bolsa”, conta acrescentando que a enfermeira que fazia este serviço - Maria Regina Fiebig - foi substituída por outra que, conforme Rose “nunca fez nada para os ostomizados”.
Indignada com a situação ela desabafa: “Acho humilhante esta mudança do centro da cidade para um Bairro. Gostaria que fôssemos respeitados e que o senhor prefeito William Lobo, pudesse retornar com o serviço de atendimento aos ostomizados para a Policlínica Municipal e que trouxesse de volta a enfermeira Maria Regina”, reivindica. Para apoiar seu pleito ela cita o Decreto Lei 5.296, de 2 de dezembro de 2004, que classifica a ostomia como deficiência física e a Portaria 400, que regulamenta a Implantação de Serviços de Atenção a Saúde das Pessoas ostomizadas/estomizadas. Os dois textos, porém, não fazem alusão à localização dos postos para a substituição das bolsas coletoras.
Procurado pela reportagem do Site do Marcelo Lopes, o prefeito William Lobo de Almeida disse que a enfermeira estomaterapeuta que atendia aos ostomizados na Policlínica, Maria Regina Fiebig, foi para o PSF do Bairro Thomé espontaneamente. “Ela sempre quis trabalhar no PSF”, explicou. Acontece que ela é a única profissional qualificada para realizar este tipo de serviço e, por isso, completa o Prefeito, “não tivemos alternativa senão transferir este atendimento para o Thomé”.  A reportagem apurou que o grande sonho dos enfermeiros que atuam na Secretaria Municipal de Saúde é trabalhar no PSF porque o salário é bem melhor, por integrar programa do governo federal.
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