A manifestação popular ocorrida na tarde da última sexta-feira, 27, em frente ao fórum da Comarca de Cataguases, pedindo a liberdade de André Luis dos Santos Silva, o Dedé, que teria sido preso injustamente, não foi suficiente para sensibilizar a promotora responsável pelo caso, Soraia Guedes. Esperava-se para o final desta sexta-feira, parecer favorável da promotora, o que levaria ao relaxamento da prisão do acusado. De acordo com o advogado de Dedé, Serafim Couto Spindóla, a promotora tem cinco dias de prazo para se manifestar no processo, "mas eu acredito que ela o fará nesta segunda-feira, 30", previu.
Dedé foi preso na última quarta-feira, por tráfico de drogas e desde então seus familiares e amigos se uniram para mostrar que ele é inocente e que tudo não passa de um mal entendido. Neste sentido um grupo de cerca de quarenta pessoas esteve ontem na porta fo Fórum munido de cartazes e gritando frases "Liberta o André" e cantando músicas evangélicas. Liderados pela irmã de Dedé, Marília de Fátima dos Santos Silva, os manifestantes permaneceram ali por cerca de duas horas esperando - em vão - o parecer da promotora que iria libertá-lo.
Marília conta como foi a prisão de seu irmão, André: "Um grupo de presos trabalhava na rua da minha casa fazendo a limpeza. “Lá também estava um traficante, um pouco mais distante, que via o grupo trabalhar. Em um determinado momento um destes presos foi pedir água lá em casa e levou sua vasilha, que vem com duas sacolinhas ao lado onde devem colocar alimentos, acredito”, disse. “Neste momento, continua Marília, Dedé chegou e se prontificou a buscar a água, pois eu estava ocupada no varal estendendo roupa. Enquanto ele foi buscar a água na geladeira para despejar no recipiente dos presos, alguém colocou a droga na sacolinha que fica na vasilha e os presos levaram a água com a droga. Um dos seguranças foi conferir se era só água e descobriu a droga. Por isso meu irmão, que é inocente, foi preso”, completou.