Em 14/01/2012 às 19h05 | Atualizado em 27/07/2018 às 17h22

Chuvas em Cataguases: De outubro a janeiro, veja a cronologia da tragédia


O Ministro da Integração Nacional Fernando Bezerra Coelho, anunciou que o governo federal vai liberar R$30 milhões para Minas Gerais onde, até este sábado, 14, há 166 municípios em situação de emergência. Quando a situação de emergência é decretada pelas prefeituras, o município passa a receber ajuda emergencial, como cesta básica e colchões. A liberação de recursos financeiros depende da homologação do decreto pelo governo estadual e do reconhecimento pela União. A verba será disponibilizada via cartão de pagamento da Defesa Civil aos municípios e disse ainda, servirá para arcar com “despesas referentes a mantimentos, abrigamento, pagamento de aluguel social, combustível, enfim, todas as despesas necessárias ao restabelecimento da situação anterior ao quadro do desastre”.

Caso o governo resolva dividir os 30 milhoes igualmente entre os 166 municipios atingidos pelas chuvas, cada um irá receber pouco mais de R$168 mil. Para se ter uma idéia do que este montante significa, os prejuízos em Cataguases por causa da enchente foram estimados em R$20 milhões. Ou seja, os R$168 mil são menos de um por cento deste total.

HISTÓRICO DAS ÁGUAS

O período chuvoso começou em Cataguases em outubro de 2011 quando, no dia 28, ocorreu um temporal com forte ventania que destelhou algumas casas, derrubou antenas parabólicas e tampas de caixa d'água, arrebentou fios de transmissão de energia elétrica deixando boa parte da cidade às escuras. Neste primeiro episódio, o fato mais grave ocorreu no estacionamento do Pronto Atendimento do Hospital Cataguases com a queda de uma árvore frondosa sobre dois veículos (foto ao lado). Nenhuma vítima.

Em novembro, entre os dias 23 e 29, a chuva voltou forte e chegou a alagar algumas ruas da cidade, mas com a mesma velocidade que subiu, a água abaixou, especialmente no dia 23, à noite, quando um temporal de cerca de 40 minutos desabou sobre Cataguases. No dia seguinte o trabalho de limpeza tomou conta das regiões atendidas, sem mudar a rotina da cidade. No dia 26 do mesmo mês, com a continuação da chuva, mais fina e constante, a Defesa Civil alertava para as regiões com risco de desmoronamento e desabamento, principalmente encostas. No dia 28 de novembro, nova ocorrência por causa da chuva que persistia: outra árvore, plantada no pátio da Escola Municipal Professor Antônio Amaro, tombou sobre o muro e caiu na avenida João Inacio Peixoto, no bairro Granjaria, sem deixar feridos (foto).

Em dezembro a chuva voltou a incomodar no final daquele mês. No dia 28 o ribeirão Meia Pataca começou a transbordar na região da Pampulha e parte do Pouso Alegre. No dia seguinte foram registrados alguns deslizamentos de terra, a água abaixou e a chuva fina foi mais uma personagem da virada do ano. Mas o pior mesmo aconteceu no dia 2 de janeiro de 2012 quando as águas do rio Pomba alcançaram 8,30 metros alagando diversos bairros e a maior parte da zona central da cidade. A inundação afetou não apenas moradores mas empresas, a policlínica municipal (foto), pontes, estradas e toda a vida da cidade. Sem vítimas fatais, os prejuízos materiais foram bastante significativos.

Até agora estes dados montam um cenário nada otimista, pois desde outubro último chove cada vez mais em Cataguases. Entretanto, a melhoria das condições climáticas neste fim de semana, que pela primeira vez este ano trouxe céu azul para os cataguasenses, não é garantia de que os dois meses que restam para terminar o Verão, sejam de sol e calor, como está acostumada a população desta cidade. Mais chuva virá, mas o que se espera é que o pior já tenha passado.

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