Em 12/01/2012 às 22h26 | Atualizado em 27/07/2018 às 17h22

Secretaria de Estado da Saúde alerta para acidentes com animas peçonhentos nesta época de chuva

Nesta época de chuvas é importante ficar atento e tomar cuidado para evitar acidentes com animais peçonhentos, que são aqueles que possuem glândulas de veneno interligadas a dentes ocos, ferrões, ou aguilhões, por onde o veneno passa ativamente, como as serpentes, aranhas, escorpiões. Dados da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) apontam que em 2011 foram registrados mais de 19.410 mil casos de acidentes com esses animais, dos quais 46 levaram a óbito.
De acordo com a referência técnica em acidentes com animais peçonhentos da SES, Helenita Hatadani, os escorpiões, serpentes, aranhas, abelhas e lagartas são respectivamente os maiores vilões nessa época do ano. “Em casos de acidente é imprescindível saber quais são as medidas mais adequadas e também evitar algumas atitudes, tendo em vista que podem agravar o estado do acidentado”, falou.

Escorpião e Aranhas


Em 2011, foram registrados 12.467 mil acidentes com esses aracnídeos. Eles possuem hábitos noturnos e vivem em locais propícios para o surgimento. A maioria dos acidentes ocorre quando não percebemos a presença deles. Os sintomas aparecem lentamente após 8 a 12 horas do acidente. Podem surgir no local da picada: dor, queimação, inchaço, vermelhidão, endurecimento local, bolha e necrose (morte da área afetada pela picada). Medidas preventivas são importantes, como manter limpos quintais e jardins, não acumulando folhas secas, lixo e entulhos; colocar o lixo em sacos plásticos fechados, para evitar baratas e outros insetos; conservar camas e berços afastados, no mínimo 10 cm da parede; evitar que roupas de cama toquem o chão; verificar calçados, roupas, toalhas e roupas de cama antes de usá-los; limpar periodicamente ralos de banheiro, cozinha e caixas de gordura; usar telas nas aberturas dos ralos, pias e tanques, entre outras.
Em caso de acidente, a Ses orienta limpar o local com água e sabão; aplicar compressa morna no local; procurar orientação imediata e mais próxima do local da ocorrência do acidente (UBS, posto de saúde, hospital de referência); se for possível, capturar o animal e levá-lo ao serviço de saúde.

Acidentes com Serpentes


As serpentes foram responsáveis por 3.668 acidentes em 2011. Elas podem ser classificadas em dois grupos básicos: as peçonhentas, que são aquelas que conseguem inocular seu veneno no corpo de uma presa ou vítima, e as não peçonhentas, ambas encontradas no Brasil, nos mais diferentes tipos de habitat, inclusive em ambientes urbanos.
De acordo com a referência técnica em acidentes com animais peçonhentos da SES, Leonardo de Freitas, os acidentes mais frequentes acontecem com a cascavel e a jararaca. “Quando acontece um acidente desses, o primeiro passo é manter a calma. O segundo, procurar assistência médica especializada”, orientou.
Para acidentes com animas peçonhentos, as medidas preventivas são: usar botinas com perneiras ou botas de cano alto no trabalho, pois 80% das picadas atingem as pernas abaixo dos joelhos; usar luvas de couro nas atividades rurais e de jardinagem; não colocar as mãos em buracos na terra, ocos de árvores, cupinzeiros, utilizando para isso um pedaço de pau ou enxada, examinar os calçados; vedar frestas e buracos em paredes e assoalhos; limpar as proximidades das casas, evitando folhagens densas junto delas, evitar acúmulo de lixo, entulhos e materiais de construção, entre outras.
Em caso de acidente, deve-se afastar o acidentado da serpente; manter o acidentado em repouso, evitando correr ou que se locomova por seus próprios meios; manter o membro picado mais elevado do que o restante do corpo; limpar o local com água e sabão; monitorar sinais vitais (pressão arterial e frequência cardíaca); levar o acidentado o quanto antes para um hospital ou serviço de saúde mais próximo, entre outras.

Acidentes com Abelhas e Lagartas


Em 2011 foram 1242 mil casos e apesar da pouca incidência de óbitos (3 óbitos) envolvendo esses animais, deve-se ficar atento às reações alérgicas e as chamadas “queimaduras”. A maioria dos casos tem evolução benigna. No entanto, o contato com lagartas do gênero Lonomia e um grande número de picadas de abelha pode causar manifestações sistêmicas com risco potencial de complicações e óbitos.
As medidas preventivas são evitar contato com esses animais; cuidado ao manusear folhagens e ao colocar as mãos em caules de árvores; usar equipamentos de segurança ao manuseá-los, em caso de trabalho.  Em caso de acidentes algumas medidas prévias à soroterapia devem ser adotadas, o mais cedo possível, após o acidente como limpar o local com água e sabão; levar o acidentado para um hospital ou serviço de saúde mais próximo; identificar da lagarta causadora do acidente pode ajudar no diagnóstico, portanto, se for possível, levar a causadora ao centro clínico.

O que não fazer em caso de acidentes


Para que o problema não se agrave, o acidentado não deve amarrar ou fazer torniquete; não aplicar nenhum tipo de substâncias sobre o local da picada (fezes, álcool, querosene, fumo, ervas, urina) nem fazer curativos que fechem o local, pois podem favorecer a ocorrência de infecções; não cortar, perfurar ou queimar o local da picada; não dar bebidas alcoólicas ao acidentado, ou outros líquidos como álcool, gasolina, querosene etc., pois não têm efeito contra o veneno e podem agravar o quadro. (Texto de Cica Almeida)
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