A Defesa Civil foi acionada na última semana e compareceu à Rua Nossa Senhora das Dores, em frente ao número 972, nas proximidades do Horto Florestal, onde, segundo os moradores, vem ocorrendo frequentes pequenos deslizamentos de terra em um barranco em que, sobre ele, está erguido um dos galpões da falida Granja Santa Rita. O temor é que o problema se agrave e todo o imóvel desabe. Desde 2012, quando a Defesa Civil esteve no local pela primeira vez e emitiu um laudo orientando sobre a necessidade de construção de um muro de arrimo, que o problema persiste e nada foi feito conforme revela a moradora Nilda Rodrigues Carvalho. 

Na última quinta-feira, 8 de dezembro, aquele órgão voltou a vistoriar o terreno após novo deslizamento de terra, e emitiu outro laudo informando "perigo de cair mais". Segundo ainda o texto assinado pelo ex-coordenador da Defesa Civil, Carlos Henriques Pires Júnior, o galpão construído sobre o barranco "tem as colunas e vigas em situação ruim. Coluna aparecendo as ferragens, trinca nas paredes, enfim a construção pode cair se o barranco deslizar", ressalta. Nilda revela seu temor com a situação. "Nossa família está com medo disso (barranco) desmoronar e todo o galpão cair também, atingindo nossa casa que fica em frente, do outro lado da rua", disse.

Sem saber a quem recorrer, ela pede ajuda aos setores competentes da prefeitura para acionarem o síndico da massa falida da Granja Santa Rita no sentido de que ele cumpra a determinação da Defesa Civil e construa o muro de arrimo junto ao barranco para evitar a tragédia anunciada. "É preciso que os responsáveis pela Granja façam sua parte porque senão poderão ser responsabilizados criminalmente, caso aconteça uma tragédia. E só as autoridades podem obrigá-los a tomar esta atitude já que ainda não conseguimos, sequer, localizar o responsável pela massa falida", desabafou Nilda. A reportagem também não conseguiu localizar o responsável pela massa falida da empresa e no fórum não foi encontrado nenhum processo em nome de Granja Santa Rita.