Em 09/10/2016 às 13h30 | Atualizado em 27/07/2018 às 17h22

3º Cats é aberto e sociedade é chamada a preservar a arquitetura da cidade

Elisabete Kropf destacou a relevância da preservação arquitetônica como fator de identidade e noção de pertencimento da comunidade, além de desenvolvimento econômico da cidade

Silvio Oksman se disse impressionado com Cataguases, em sua primeira visita à cidade.

Silvio Oksman se disse impressionado com Cataguases, em sua primeira visita à cidade.

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A terceira edição do Cats – Congresso de Arquitetura, Turismo e Sustentabilidade de Cataguases foi aberta oficialmente no sábado, 8 de outubro, no Centro Cultural Humberto Mauro. Com o tema "Dinâmicas Urbanas e Atratividades" reúne até o dia 10 profissionais, estudantes, pesquisadores e interessados em geral com o propósito de tornar a cidade num polo de discussão sobre a preservação do patrimônio histórico local. O evento foi iniciado com a apresentação do coral do projeto "Encantando", iniciativa do Sicoob/Coopemata que utiliza a educação musical como forma de inserção social de 169 crianças e adolescentes no município.

imageEm seguida, a arquiteta Elisabete Kropft, realizadora e coordenadora do congresso, falou da relevância da preservação arquitetônica como fator de identidade e noção de pertencimento da comunidade, além do viés para o desenvolvimento econômico da cidade. Ela também explicou o tombamento realizado pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) em Cataguases e fez uma análise da arquitetura da cidade. "Para que a preservação seja eficiente é necessária a participação civil, das organizações e das esferas de poder, visando a proteção através do diálogo com a sociedade e de leis e normas e da fiscalização constante", disse. Elisabete destacou construções que descaracterizam a cidade e obras de infraestrutura mal feitas. "Precisamos alertar a sociedade e os órgãos de defesa para projetos que protejam o patrimônio e encontrar soluções para os problemas da cidade, além de levantar reflexões sobre que cidade estamos deixando para as gerações futuras", frisou. 


imageTrês arquitetos renomados fizeram palestras na sequência. Silvio Oksman foi o primeiro a falar e se disse impressionado com Cataguases, em sua primeira visita à cidade. Com o tema "Arquitetura moderna como patrimônio cultural: discussão sobre as questões específicas de preservação da arquitetura moderna", o arquiteto falou sobre as dificuldades de preservação do moderno, mostrando exemplos no Brasil e no mundo. Em seguida, Marcelo Brito, do IPHAN, discorreu sobre "Para que classificar destinos patrimoniais? As cidades histórico-turísticas como lugares de memória, conhecimento, difusão e entretenimento". 

Segundo ele, a preservação, muitas vezes, é vista como empecilho ao turismo. "O problema está na forma como a relação acontece. O turismo pode, inegavelmente potencializar a economia, desde que haja uma gestão patrimonial. Para isto é preciso mudar a concepção de destino turístico e tornar atrativo o patrimônio cultural", afirmou. Finalizando, Fernando Diniz Moreira, representando o Docomomo, organização não-governamental cujo objetivo é a documentação e a preservação das criações do Movimento Moderno na arquitetura, urbanismo e manifestações afins, em mais de quarenta países, abordou o tema "Conservação da Arquitetura Moderna: desafios e ações", propondo saídas e novas abordagens para a preservação do patrimônio modernista.

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Autor: Cristina Quirino

Tags: 3º Cats, Arquitetura, sustentabilidade, turismo, Elisabete Kropf





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