Em 21/07/2016 às 16h00 | Atualizado em 27/07/2018 às 17h22

Projeto Escola Animada educa crianças por meio do estímulo à produção cultural

Iniciativa, que tem o apoio da CBA e do Instituto Votorantim, fomentou a cultura na região e exibiu o filme inédito A Família Dionti, em Cataguases

A sessão educativa do longa "A Família Dionti" recebeu um público total de 150 professores e alunos

A sessão educativa do longa "A Família Dionti" recebeu um público total de 150 professores e alunos

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O Projeto Escola Animada entrou em uma nova etapa com a proposta de fazer a diferença na educação e na perspectiva crítica dos alunos de dez municípios da Zona da Mata mineira. Na última sexta-feira, a iniciativa fez parte do Festival Ver e Fazer Filmes e promoveu, no Centro Cultural Humberto Mauro, em Cataguases, uma sessão educativa do longa "A Família Dionti" para um total de 150 professores e alunos das escolas participantes do Projeto. Depois da exibição, todos participaram de um bate-papo com o diretor e atores do longa.
 
Inspirados no enredo e nos personagens da história, durante o segundo semestre, estudantes e professores irão produzir dez curtas-metragens. O objetivo principal da ação, que é realizada com o apoio da CBA e do Instituto Votorantim, em parceria com a ONG Fábrica do Futuro, é ampliar o acesso à cultura, bem como dar visibilidade às diversas iniciativas realizadas no âmbito do Polo Audiovisual da Zona da Mata Mineira.
 
Ao integrar o Festival Ver e Fazer Filmes, a Escola Animada contribuiu para que os alunos tivessem a oportunidade de colocar em prática tudo o que já aprenderam com o projeto. "Estamos em uma fase de aproximar os estudantes da produção audiovisual. A ideia é ampliar seus horizontes e fazer com que a cultura contribua diretamente para a educação. Após assistir ao filme ‘A Família Dionti’, eles poderão refletir sobre o que desejam para o enredo de sua própria produção com base nessa obra. Será preciso planejar, selecionar os atores e pensar em uma história que terá, no máximo, 15 minutos", ressalta César Piva, gestor Cultural da Fábrica do Futuro.
 
Os alunos terão o período de agosto a outubro para produzir os curtas, que serão apresentados no mesmo dia do lançamento nacional do filme "A Família Dionti". De acordo com César, após esse momento, haverá uma mostra itinerante dos trabalhos para que as comunidades da região tenham a oportunidade de conhecer. "Algumas ideias que não puderem ser utilizadas nos curtas poderão também se tornar micronarrativas para viralizar na internet", explica.
 
Os dez curtas-metragens serão produzidos por dez grupos de alunos formados pelos cineclubes das escolas participantes do projeto. Cada um dos grupos é orientado por um ou mais professores e será composto por dez estudantes com idade mínima de 16 anos. Atualmente, os educadores estão selecionando os alunos que farão parte dos coletivos. "A definição dos estudantes leva em consideração a habilidade e o compromisso com o trabalho", ressalta o gestor Cultural da Fábrica do Futuro.
 
imagePara Ricardo Vinhal, gerente geral das Unidades de Mineração de Bauxita da CBA, a oportunidade de produzir o próprio filme amplia a visão crítica dos jovens e a percepção a respeito da cultura. "Certamente, os alunos viram o filme de outra maneira, com atenção aos detalhes. Essa produção será um complemento ao que já foi realizado até o momento pela Escola Animada. A CBA tem muito orgulho de fazer parte de projeto e iniciativas que educam por meio da arte", avalia.
 
Programação do Festival
O 4º Festival Ver e Fazer Filmes 2016 foi realizado de 12 a 17 de julho, em Cataguases. Na ocasião, ocorreram fóruns, arenas, workshops e exibições de filmes. Além da apresentação do longa "A Família Dionti" no dia 15, os participantes contaram com uma arena com o tema "Economia Criativa: Parcerias em Políticas Públicas para o Desenvolvimento Local Sustentável", assim como houve a inauguração de um cineclube em Muriaé, sendo exibido o longa "O Menino do Espelho", que contou com a presença da comunidade local.
 
Rede de cineclubes é inaugurada na Zona da Mata
No intuito de ampliar o repertório cultural dos jovens e o acesso às produções brasileiras, até meados de agosto, 12 cineclubes estão sendo inaugurados na Zona da Mata. Ao inserir a ferramenta na rotina estudantil será possível melhorar a visão e relação dos alunos com os filmes brasileiros.
 
Os cineclubes são mais que uma mostra de filmes, mas uma ferramenta pedagógica. "O intuito é que os professores utilizem as produções em suas aulas e consigam aproximar as narrativas de suas disciplinas. Os cineclubes serão uma oportunidade de o audiovisual contribuir para a educação integral, tanto nas aulas de matemática, por exemplo, quanto nas demais", avalia César Piva.
 
O Projeto Escola Animada
A iniciativa é uma ação de educação e cultura, desenvolvido a partir da formação de professores da região na aplicação dos recursos audiovisuais e de tecnologias digitais nas metodologias de ensino. Essa capacitação acontece por meio de tutoria online para os educadores, simultaneamente à aplicação das atividades pedagógicas em sala de aula, no intuito de solucionar dúvidas e auxiliá-los no desenvolvimento de seus projetos e atividades. A Escola Animada é desenvolvida em Cataguases, Muriaé, Itamarati de Minas e Leopoldina.
 
Integrante do Polo Audiovisual da Zona da Mata, o projeto reforça a vocação da região em produzir filmes e projetar profissionais do ramo para o Brasil e o mundo. Somente nos últimos quatro anos, por exemplo, foram realizadas cerca de 50 produções na Zona da Mata mineira, entre longas e curtas-metragens, ficção, documentários, animação, videoclipes musicais, produções para televisão, internet e mídias móveis.
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Autor: Lílian Lobato

Fonte: Ideia Comunicação

Tags: festival, cinema, centro cultural, Escola Animada, CBA, Instituto votorantim





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