Alguns moradores do Residencial São Marcos estão convivendo com cortes no fornecimento de água por parte da administração do condomínio, segundo denunciaram ao Site do Marcelo Lopes e à Defensora Pública Eliana Spíndola na tarde da última terça-feira, 21 de junho, durante visita ao local. Na ocasião, residentes de três blocos estavam com as torneiras secas. O motivo alegado pela administradora é inadimplência. Este é apenas um dos problemas enfrentados pelos residentes no Residencial, segundo informa Eliana, que já entrou com uma Ação Civil Pública para que a situação do fornecimento da água seja normalizada imediatamente. 

O problema no São Marcos com o fornecimento de água, segundo relatam os moradores, passa pela cobrança da taxa de condomínio. De acordo com eles, a Copasa instalou apenas um hidrômetro em cada prédio, mas no terraço, há um medidor de água, não reconhecido por aquela empresa, utilizado para aferir o consumo de cada apartamento o que, segundo eles, encareceu a conta do condomínio. Eles alegam que este sistema utilizado não é confiável e não há como saber se o que lhes está sendo cobrado foi efetivamente o que consumiram, já que o hidrômetro utilizado não é sequer reconhecido pela Copasa.

Na tarde de terça-feira, haviam sido retirados 9 hidrômetros do bloco 26, desligados 11 do bloco 18 e outros não contabilizados do bloco 27, conforme informou Maria Aparecida Tobias. O gesto foi considerado pela Defensora Pública, Eliana Spíndola, uma medida irregular porque segundo ela, "a única empresa que tem autonomia para cortar o fornecimento de água do consumidor é a Copasa, mediante o cumprimento de um procedimento pré-estabelecido", explicou. Acompanhada por dois policiais militares, registrou um Boletim de Ocorrência sobre o episódio e em seguida conversou com os representantes da administradora do condomínio quando expôs os direitos dos moradores e ouviu suas alegações.