Em 20/04/2016 às 07h00 | Atualizado em 27/07/2018 às 17h22

Aumenta o número de infectados por Doenças Sexualmente Transmissíveis em Cataguases

Nos últimos meses, diversos casos foram notificados entre adolescentes e jovens, numa faixa muito acima do previsto pelo Ministério da Saúde (Foto ilustrativa)

Nos últimos meses, diversos casos foram notificados entre adolescentes e jovens, numa faixa muito acima do previsto pelo Ministério da Saúde (Foto ilustrativa)

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Técnicos do Departamento de Combate ao HIV/Aids e Hepatites Virais da Secretaria Municipal de Saúde de Cataguases alertam para o aumento considerável de pacientes contaminados com doenças sexualmente transmissíveis, entre elas HPV, uretrite (gonorréia), hepatite B, e sífilis. Segundo estes profissionais, nos últimos meses, diversos casos foram notificados entre adolescentes e jovens, numa faixa muito acima do previsto pelo Ministério da Saúde.

"Temos observado um crescimento desses casos nos últimos anos em decorrência do não uso da camisinha, mas o que observamos em Cataguases nos últimos meses é muito preocupante", revela Lincoln Ferreira Espíndola Neto, médico que atende no Centro de Testagem e Aconselhamento daquela Secretaria. De acordo com ele o problema está ocorrendo "sempre no mesmo perfil de adolescentes e jovens, na faixa dos 15 aos 19 anos, com vida sexual ativa e com múltiplos parceiros", completou.

Se um desses casos é detectado em exames ou durante uma consulta médica realizada nas Unidades Básicas de Saúde da Família, ou se surgir uma dúvida após relação sexual sem prevenção, a enfermeira e coordenadora do Departamento de Combate ao HIV/Aids e Hepatites Virais, Tairisis da Silva Roque, explica que o paciente pode buscar atendimento sigiloso e individual no Centro de Testagem e Aconselhamento. "Em caso de corrimento nas vias urinárias, verrugas genitais, nós fazemos os exames específicos, o aconselhamento e acompanhamento dos casos com profissional médico, enfermeiro e assistente social dentro do mais absoluto sigilo", garante.

Tairisis alerta para a necessidade do uso do preservativo como a única forma de evitar o contágio e a garantia de uma relação saudável. Para quem teve relação sexual de risco ela sugere uma visita ao Centro de Testagem e Aconselhamento que funciona de segunda a sexta-feira, das 7 às 16 horas, no prédio da Secretaria Municipal de Saúde. O atendimento é profissional, individual e sigiloso. "O paciente será recebido com muita atenção e profissionalismo e seu caso será tratado com todo o respeito e vai obedecer as normas e padrões éticos que regem a nossa conduta", finalizou.

Segundo reportagem veiculada no Jornal O Globo, no dia 17 último, mais da metade da população sexualmente ativa admite não usar camisinha, mesmo que 95% reconheçam sua eficácia. Como consequência, a transmissão de hepatite B na população brasileira cresceu 74% desde 2004, e a transmissão de HIV na faixa de 15 a 19 anos aumentou 53% na última década. Enquanto isso, o estoque da vacina contra o papilomavírus humano (HPV) — um dos principais causadores de câncer de colo do útero —, oferecida pela rede pública a meninas de 9 a 13 anos, está sobrando nos postos. A imunização só atingiu 44,23% dessas meninas este ano, índice bem longe da meta de 80%.

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Autor: Samuel Pereira

Tags: doenças sexuais, DST/Aids, hepatites virais, sífilis, papiloma vírus





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