No dia 2 de fevereiro, a coordenadora do Setor de Epidemiologia da Secretaria Municipal de Saúde de Cataguases, Lívia Machado Milane, revelou ao Site do Marcelo Lopes a suspeita da existência de dois casos de Zika em Cataguases e outros dois de Chikungunya. A confirmação de apenas um caso de Zika, veio nesta sexta-feira, 4 de março, pelo Setor de Epidemiologia daquela Secretaria, no entanto, não deixou o titular da pasta menos preocupado. 

Celso Benjamim Filho, o Celsinho, em entrevista exclusiva ao Site, disse, sobre o Zika vírus que o município investiga atualmente "dezoito casos e, como já registramos o primeiro, sabemos que o vírus está aqui e, por isso, esperamos mais resultados positivos de pessoas com esta doença", revelou. Mas, para evitar que este número continue crescendo, o Secretário Municipal de Saúde destacou que determinou ao setor de Endemias reforçar o trabalho de prevenção no bairro Santa Clara onde foi detectado o primeiro caso da doença. 

Sobre a primeira vítima do Zika em Cataguases, Celsinho revelou um fato curioso. "Foi uma senhora de meia idade que está curada, passa bem e, inclusive, esteve aqui, hoje, conversando comigo na Secretaria", frisou. "O interessante - continua - é que seu filho teve os mesmos sintomas da doença dela, antes da mãe adoecer, mas como não fez o teste, não podemos afirmar que ele teve Zika e que hoje também está totalmente restabelecido", contou Celsinho.

A respeito da Chikungunya, o Secretário de Saúde diz estar um pouco "aliviado" porque estão sendo investigados apenas quatro casos e não houve até o momento nenhuma confirmação da doença no município. Por outro lado, a dengue não lhe dá folga. Até esta sexta-feira, 4, segundo revelou, foram notificados 1.167 casos da doença em Cataguases, números que se configuram uma epidemia. "A campanha de combate ao mosquito é intensa e o trabalho não para", diz Celso Benjamim sobre a doença que mesmo assim continua vendo os números aumentarem.

Na segunda-feira, 29 de fevereiro, a Secretaria de Saúde abriu a Sala de Hidratação para atender aos pacientes de dengue oriundos dos bairros da cidade e para desafogar o Pronto-Socorro do Hospital de Cataguases. "Conseguimos acabar com a fila e dar um atendimento mais rápido ao doente que chega bastante debilitado", disse Celsinho, que avaliou estes primeiros cinco dias de funcionamento da nova unidade de apoio como sendo de "resolutibilidade muito boa". Ele aproveita para reiterar o apoio da população no combate aos focos do mosquito Aedes Aegypti. "Vamos fazer a nossa parte e não deixar manter nossos quintais limpos e vasos de plantas sem água parada", conclamou. (Fotos: Arquivo)