Em 28/01/2016 às 20h00 | Atualizado em 27/07/2018 às 17h22

Cataguases de Papel não paga o salário e trabalhadores decidem fazer rescisão indireta

Sem receber salário e décimo terceiro, empregados decidem entrar na Justiça para rescindir o contrato de trabalho com a Cataguases de Papel pensando em adjudicar a empresa

Os trabalhadores decidiram por fazer uma rescisão indireta do contrato de trabalho com a empresa

Os trabalhadores decidiram por fazer uma rescisão indireta do contrato de trabalho com a empresa

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Trabalhadores da Indústria Cataguases de Papel se surpreenderam na manhã desta quinta-feira, 28 de janeiro, quando conferiram o saldo bancário e o pagamento do salário de dezembro não havia sido depositado. Eles se reuniram na porta da fábrica pela manhã e decidiram lutar pelos seus direitos. Convidaram os advogados Evaldo Gradim e Eurico Reis Ferreira para lhes orientar sobre quais procedimentos para que a empresa cumpra suas obrigações trabalhistas.

imageUm encontro foi marcado para as 14 horas na Casa do Advogado, sede da OAB, onde participaram quase cem trabalhadores. Eles ouviram os advogados Evaldo Gradim e Eurico Ferreira explicarem o que a lei lhes permite fazer. "Vocês podem esperar a empresa decidir pagar o que lhes devem ou entrar na justiça. O que não podem é fazer algo que a lei não os ampare, avisou Gradim. Ele também sugeriu um encontro com um representante do Ministério Público do Trabalho a fim de orientar os trabalhadores, iniciativa que será agendada em breve.

imageEurico Ferreira, mostrou que não resta aos trabalhadores outra alternativa senão entrar com uma Rescisão Indireta do Contrato de Trabalho. "É isto que os funcionários da Cataguases decidiram fazer aqui nesta reunião porque eles não estão recebendo seus salários, nem o décimo terceiro, nem férias", explicou o advogado ao Site com exclusividade. Segundo informou, as rescisões só podem dar entrada na justiça de forma individual, mas ele e seu colega Evaldo Gradim, vão ajuizar todas as ações para os trabalhadores. "Depois vamos juntar os créditos de todo mundo e fazer um bolo que vai propiciar adquirir a empresa, para tentar adjudicar a empresa. Adjudicando a empresa, a empresa sendo do trabalhador, aí ele vai ter poder para negociar com quem quiser", completou Eurico.

A reportagem tentou entrar em contato com o diretor e a advogada da empresa Roberto Ramos e Kássia Silveira, para saber o motivo pelo qual o salário não foi depositado, e se há nova data para o seu pagamento, mas ambos não retornaram as ligações.

Última Reunião
No começo da tarde do último sábado, 23, o diretor da empresa Roberto Ramos, reuniu os empregados para informar que o salário de janeiro seria depositado na quarta-feira e pago na quinta. Ele também revelou em entrevista ao Site do Marcelo Lopes que a empresa voltará a funcionar no dia 1º e que o pagamento do décimo terceiro salário seria "reescalonado para fevereiro". Roberto aproveitou para anunciar que a empresa conseguiu um aporte financeiro de cerca de R$4,5 milhões e novos parceiros para adquirir a produção. 
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Tags: contrato de trabalho, justiça do trabalho, rescisão contratual, homologação





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