O jogador de futebol cataguasense Jacques Augusto de Aguiar Morais Guimarães aproveita suas férias para estar junto de seus familiares e amigos em sua terra natal, mas, já no próximo dia 15, vai retornar à Europa, onde firmará novo contrato para mais uma temporada no esporte. Antes de ir embora, Jacques conversou com a Reportagem do Site do Marcelo Lopes, na tarde dessa sexta-feira, 3 de julho, quando falou sobre sua história no futebol e seus projetos de vida para o futuro.

"O meu principal objetivo, dentro e fora de campo, é professar a fé que eu sigo e o Cristo que prego, também maximizar o talento que me foi concedido, trabalhando com dedicação, treinamento e responsabilidade. E ainda me divertir, porque o futebol é o que amo fazer e é por isso que pretendo seguir a carreira", destacou o cataguasense, reiterando que ainda não sabe para qual clube retornará neste segundo semestre, haja vista que seu empresário ainda está analisando as propostas apresentadas.

Sobre sua trajetória no esporte, o atleta cataguasenses revela que começou a jogar futebol aos 7 anos de idade, "como brincadeira" e logo depois foi levado por seu pai, o professor Gladstone da Costa Pinto, também pastor da Igreja Quadrangular para treinar no Operário Futebol Clube, com os professores Silvinho Corneta e Zé Vitor, onde começou como zagueiro. Depois, pegou gosto pelo esporte e na adolescência, começou a disputar diversos campeonatos regionais, bem como dedicou-se, paralelamente, ao futsal, com o professor Ivair Júnior. 

Em campo e na quadra, destacou-se pela visão de jogo e pelo bom passe, e jogadas categóricas até que foi descoberto por um olheiro de São Paulo, que o levou para treinar no Brasilis Futebol Clube, de Águas de Lindoia (SP). A partir daí, passou a jogar futebol como meia, integrando times como o Atlético Paranaense e disputando torneios por clubes da Suíça, Itália, entre outros. Em 2014, foi para Portugal, onde treinou no Sport Clube União Torreense e Sport Clube Mineiro Aljustrelense, onde permaneceu até recentemente.

Acerca do futebol brasileiro, o jogador cataguasense ressaltou que a "ousadia" dos jogadores daqui é muito bem vista na Europa, mas o vê preso "a empresários e indicações e isso acaba atrapalhando o talento nato dos jogadores". Jacques, que recentemente fez 21 anos, também frisou a visão dos clubes europeus quanto à formação dos jogadores. "Lá existe uma paciência maior (até os 23 anos) para o treinamento e amadurecimento dos jogadores, enquanto no Brasil é preciso se tornar um grande jogador até os 17, 18 anos", lembrou o cataguasense.

Quando questionado sobre a responsabilidade de jogar futebol em um clube da Europa, Jacques sublinhou que lá é muito cobrado dos jogadores que eles tenham um comprometimento não só nas suas posições, mas uma consciência tática e física muito maior. "É realmente uma forma de trabalhar diferente daqui do Brasil. Não que aqui seja ruim, mas são culturas diferentes, que propõem ensinamentos diferentes", analisa o jogador cataguasense.

Antes de encerrar a entrevista, Jacques fez questão de agradecer a sua família "que sempre tem me apoiado,  é o meu porto seguro, me conduzindo no caminho da palavra de Deus, isso tem feito muita diferença pra mim, e a todos aqueles que me  apoiam e apoiaram no futebol". Sobre seus planos para depois de sua aposentadoria no esporte, ele que é filho da professora Vera, diretora do Colégio Soberano, revelou que vai concluir sua formação profissional e depois irá dedicar-se à ela com afinco e, para isso, recebe todo apoio familiar, como sempre recebeu em suas escolhas. (Fotos: Paulo Victor Rocha e arquivo pessoal de Jacques Aguiar)