A sessão da Câmara Municipal de Cataguases realizada na noite desta terça-feira, 31 de março, foi marcada por homenagens a pessoas e instituições cujo trabalho são relevantes para o município. Por conta disso, tomou a maior parte do tempo, até porque a Ordem do Dia previa a análise de apenas dois projetos de lei e alguns Requerimentos ao Poder Executivo.

Entre os homenageados o destaque para a Escola Estadual Guido Thomaz Marlière que este ano está completando 85 anos de funcionamento. Seu diretor, o professor Elias Júnior, recebeu a homenagem juntamente com todos os demais funcionários daquela escola. Por iniciativa do vereador presidente daquela Casa, Antônio Batista Pereira, o Beleza, cada um deles recebeu uma Moção de Aplauso. Elias, ao final, disse que a honraria é extensiva a todos os profissionais que já trabalharam na escola. Ele completou dizendo sentir orgulho de fazer parte da história do Guido Marlière, uma das mais tradicionais da cidade.

Outra instituição lembrada foi o Rotary Clube de Cataguases que está completando 60 anos de atividades ininterruptas na cidade. Sua presidente, Renata Valverde, recebeu a Moção de Aplausos das mãos dos vereadores Fernando Pacheco e Maurício Rufino e, em seguida, convidou os demais colegas de clube de serviço para serem fotografados. Na ocasião Fernando Pacheco destacou que o Rotary é "um dos pilares de Cataguases, porque tem uma atuação marcada por realizações que se traduzem em crescimento para esta cidade", disse.

O vereador Luiz Carlos Sodré, o Russo, homenageou o novo diretor da indústria Cataguases de Papel, que assumiu no final do ano passado e está conseguindo reverter o quadro de crise que vivia a empresa havia alguns anos, conforme ele mesmo revelou após ser agraciado com a Moção de Aplausos. Fábio Ferreira Guedes da Costa, ficou sensibilizado com a homenagem e disse que hoje a situação da empresa é de contratar profissionais e vem aumentando sua produção a cada mês. Ele disse que a Cataguases de Papel é a quarta empresa que ele recupera em sua carreira profissional e encerrou dizendo que "enquanto eu estiver à frente desta indústria, ela não fecha", assegurou.

Há vinte e três anos trabalhando como Policial Militar em Cataguases onde já desempenhou diversas funções, o sargento Waldecir Oliveira, recebeu a Moção de Aplausos por sua dedicação ao longo desse período em que serve à Polícia Militar de Minas Gerais no município. Após receber a homenagem, seu superior imediato, Tenente Marcelo Lacerda, com quem cursou a escola de soldados da PM, destacou o trabalho de Waldecir como sendo um policial que atua com responsabilidade e respeito à instituição e que não mede esforços para realizar com eficiência seu trabalho. 

Alan Neves, diretor do presídio de Cataguases, foi agraciado com a Moção de Aplausos pelo trabalho que culminou na publicação do livro "Poetas da Liberdade", fruto da criação de apenados do presídio municipal. Em 2013 um grupo de alunos escreveu uma série de poemas incentivados pelos professores que ministram aulas aos detentos, conforme revelou aos presentes. "A partir daí - contou - resolvemos publicar um livro com aquelas poesias e trabalhar estes poemas nas escolas para educar os adolescentes e assim evitar se enveredarem pelo crime". Alan também lembrou que aquele livro é uma etapa na ressocialização dos apenados e deu um número triste sobre a realidade do presídio. "Há alguns anos a média de idade entre os apenados era 29 anos e hoje está em 22, por isso este trabalho de ressocialização é essencial", completou.

O livro foi lançado com a ajuda da Lei Ascânio Lopes e no final do ano passado, lembrou o diretor, o Conselho Nacional de Justiça, elogiou o trabalho que agora será distribuído nas escolas. Para Alan, o livro é um material para o professor trabalhar com o aluno os temas liberdade e comportamento. Já o diretor do núcleo escolar que funciona dentro do presídio, João Dioni Sarquer, o livro é um esforço dos detentos para estudar o que lhes permitiu este contato com a arte. Antes de ler um poema que integra o livro, ele disse que "a sociedade não pode condenar as pessoas pro resto da vida delas por um erro cometido no passado".

Em seguida diversos vereadores elogiaram os homenageados e após o encerramento do momento festivo, a sessão continuou com a apreciação do projeto de lei qque faz alterações no funcionamento do cemitério municipal. Assim que o texto entrou em discussão o vereador Serafim Spíndola pediu seu sobrestamento por duas sessões, mas foi aprovado o adiamento de sua votação, com a aceitação do próprio Serafim, de apenas uma sessão. Diversos vereadores se manifestaram sobre o assunto com vários argumentos como o desconhecimento do projeto por parte das funerárias, a criação de despesas e seu consequente impacto financeiro nas despesas do município, entre outras. Apenas o vereador Geraldo Majella Mazini considerou desnecessário o sobrestamento.

Veja as fotos de todos os agraciados na galeria abaixo.