Em 04/02/2015 às 20h00 | Atualizado em 27/07/2018 às 17h22

Vice-prefeito de Cataguases reclama falta de espaço na atual administração

Os participantes da primeira hora do programa desta quarta-feira debateram a situação do vice-prefeito Sérgio Gouvêa

Os participantes da primeira hora do programa desta quarta-feira debateram a situação do vice-prefeito Sérgio Gouvêa

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O vice-prefeito de Cataguases, Sérgio Gouvêa, esteve nesta manhã de quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015, no programa Conversa Franca, da Rádio Brilho, apresentado pelo jornalista Sousa Mendonça. Na ocasião ele falou de sua vontade de trabalhar pelo município e anunciou que, como não tem espaço nesta administração, apesar do cargo que ocupa, começou a agir no sentido de que o "prefeito cumpra os compromissos de campanha". "Filó", como é conhecido, também respondeu a perguntas do jornalista Marcelo Lopes, editor deste Site. O programa contou ainda com as participações dos vereadores José Augusto Titoneli e Serafim Spíndola e, na metade final do médico Ricardo Caetano de Souza.

Em poucas palavras, Filó reclama falta de espaço para realizar o seu trabalho junto à população como ele, lembra, se comprometeu fazer durante a campanha que o levou, junto com Cesinha, à Prefeitura. Segundo ele, "tudo o que quis fazer me foi negado. Até um gabinete para trabalhar, não me deram", revela indignado, acrescentando ter experiencia na administração por já ter trabalhado durante o mandato de Tarcísio Filho. Sérgio Gouvêa chamou a atenção para a sua situação ao divulgar um texto no último domingo, 1º, em sua página pessoal do Facebook em que faz um desabafo por ter sido deixado de lado pelo atual prefeito. "Por fim, depois de tanto tentar participar, veio um 7 de setembro, data oficial, eu do lado do Prefeito, meu nome sequer foi citado pelo orador no Paço Municipal", escreveu naquela rede social.

imageNo programa desta manhã, Filó reiterou o que publicou na sua página do Facebook e disse que "agora, estou tomando as minhas providências, visitando os bairros e solicitando na Prefeitura, mediante protocolo, as obras mais urgentes para a nossa Cataguases", revelou. A primeira dessas medidas, contou o vice-prefeito, "tomei ontem (terça-feira) após constatar a necessidade de obras na Praça da Granjaria", quando apresentou a sua primeira solicitação formal ao "Secretário de Serviços Urbanos Nicolau Siervi para que sejam tomadas providências para o término das obras da Praça da Granjaria". Questionado sobre a existência de algum fato específico que o teria levado a ser afastado da administração, Filó disse ter começado a perceber este distanciamento logo após a eleição acrescentando que até então ele esperava que o prefeito Cesinha cumprisse o que foi falado em palanque, quando foi ditado ao povo, durante a campanha eleitoral que ele seria "um vice ativo".

O vice-prefeito também respondeu a perguntas de ouvintes, uma especificamente, queria saber o motivo pelo qual, ele recebe o salário mesmo não exercendo função na Prefeitura. Filó explicou que há uma lei que determina seja desta forma e ele, portanto, está cumprindo a legislação vigente. A polêmica ficou por conta do vereador Serafim Spíndola que sugeriu ao vice-prefeito romper com a atual administração ou deixar o partido em que está filiado. De acordo com o raciocínio de Serafim, Sérgio Gouvêa faz parte desta administração pelo simples fato de ser o vice-prefeito e, portanto, ainda conforme aquele vereador expôs para os ouvintes, mesmo ele não exercendo nenhuma atividade de fato é co-responsável por tudo o que faz este governo. Serafim terminou sua explicação dizendo que para mudar esta realidade, Sérgio Gouvêa precisaria ou renunciar ao cargo de vice-prefeito ou retirar o seu partido (PMDB, que tem duas secretarias: Esportes e Meio Ambiente) do Governo.

imageFiló discordou com veemência da sugestão de Serafim negando, inclusive, ser parte do governo municipal sob o argumento de que "não assino nada, não tenho participação efetiva nesta administração. E agora, passados dois anos de mandato, não quero mais ter", assegurou. Ele acrescentou não poder ser responsabilizado por aquilo que não faz e nem participa das decisões. Por fim, o vice-prefeito manifestou sua vontade de ser escolhido por seu partido para disputar o cargo de prefeito em 2016, lembrando que no passado, abriu mão de concorrer "mesmo sendo o nome da vez" em benefício da legenda, acrescentou. O PMDB de Cataguases é presidido pelo ex-vereador Ricardo Dias e integra a coligação que elegeu Cesinha e Filó há dois anos. Para que o atual vice-prefeito ou outro nome do PMDB possa disputar a eleição com candidatos próprios terá que romper com a atual administração.
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Tags: vice-prefeito, Filó, administração, PMDB, Cesinha





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