Em 03/02/2015 às 07h00 | Atualizado em 27/07/2018 às 17h22

Vereador Majella conclui relatório da Comissão de Inquérito para compra do cine Edgard

O Vereador Majella concluiu o relatório da CEI que será lido na sessão desta terça-feira, 3 de fevereiro

O Vereador Majella concluiu o relatório da CEI que será lido na sessão desta terça-feira, 3 de fevereiro

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A Comissão Especial de Inquérito (CEI) que foi instaurada com a finalidade de apurar a "venda de imóveis da municipalidade para aquisição do prédio do Cine Teatro Edgard" concluiu suas atividades no final de janeiro deste ano e o relatório com os detalhes dessa "investigação legislativa" poderá ser lido na próxima sessão ordinária da Câmara Municipal de Cataguases, que retoma suas atividades nesta terça-feira, 3 de fevereiro, uma vez que o documento já foi entregue à presidência da Casa, conforme revelou o vereador Geraldo Majella Mazini, nesta segunda-feira, 2 de fevereiro, em entrevista exclusiva ao Site do Marcelo Lopes.

A venda de três imóveis do município ocorreu na gestão 2008/2012, por decisão do então prefeito Willian Lobo de Almeida. Ao todo, foram arrecadados mais de R$ 2 milhões dessa forma, mas, como é de conhecimento público, quase todo o montante foi utilizado para outros fins, possivelmente no custeio de asfaltamento de ruas e reformas de prédios escolares. Para Majella, relator da CEI, essa atitude do gestor daquela época não foi correta, pois o dinheiro tinha outro destino já previsto.

"A ação de pegar o dinheiro e fazer outra aquisição é legal, mas não foi moral, porque infringiu um contrato que havia entre a gestão e a população de que esses imóveis seriam vendidos para aquisição do Cine Edgard", destacou o vereador Majella, lembrando que, ao assinar o relatório, contou com a anuência do presidente da CEI, vereador Luiz Carlos da Silva Sodré (Russo). Segundo o relator, o outro membro da Comissão, vereador Serafim Couto Spindola, está analisando o relatório e possivelmente apresentará suas conclusões.

Majella ressaltou que a legalidade não é o único princípio da administração pública e frisou que, no caso investigado, foram feridos os princípios da moralidade e da publicidade. De acordo com o relator, o objetivo da CEI não foi acusar ninguém, apenas apurar os fatos que foram questionados pela população. "Foram 10 reuniões e 6 pessoas inquiridas, entre elas o secretário municipal de Fazenda, Paulo Sérgio Ferreira de Souza (Paulete). Todos os documentos que a Comissão recebeu foram apresentados e os membros presentes às reuniões puderam ter acesso a eles", destacou o relator da CEI, lembrando que os resultados da investigação poderão ser encaminhados ao Ministério Público.

Durante a apuração dos fatos, a Comissão tomou conhecimento de sumiço e troca de documentos sobre a questão que estava sendo investigada. Contudo, conforme disse Majella, "isso é caso de investigação policial" e, como não era objetivo da CEI, não foi esclarecido pelos vereadores. O relator da CEI disse que não pode revelar detalhes sobre o relatório antes que ele se torne público e isso só ocorrerá depois que o documento for lido em plenário. "Depois disso ele pode ser manuseado por qualquer cidadão", finalizou o relator da Comissão. 
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Autor: Paulo Victor Rocha

Tags: vereador, Inquérito, Comissão, Majella, cinema





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