Uma equipe da Vigilância Sanitária de Cataguases esteve na manhã desta quarta-feira, 7 de janeiro, onde foram despejados cerca de trezentos quilos de carne a céu aberto e, portanto, de forma ilegal, entre o final do bairro São Cristóvão e a estrada da Empa. Reportagem neste sentido foi publicada por este Site na noite da última terça-feira, e mostrou também que o local está se tornando uma espécie de depósito de entulho, lixo, móveis usados e outros materiais inservíveis. A matéria também chamou a atenção do vereador Vinicius Machado que cobrou responsabilidades.

De acordo com a equipe da Vigilância Sanitária formada pelos técnicos Mariana Freitas, Luci Schettini, Lucélia Simão e Weslei Alves, que estiveram no local, não foi possível confirmar a origem da carne nem tampouco quem a deixou ali, disseram. Segundo Mariana Freitas as carnes ali depositadas são de boi e de porco. Ela também não soube precisar a quantidade. "Não deu pra saber se são mesmo trezentos quilos porque não temos como pesar, mas é uma quantidade muito grande", assegurou.

Após a confirmação do descarte ilegal, Mariana informou que a Vigilãncia Sanitária denunciou o caso à Polícia Civil que vai instaurar inquérito para apurar responsabilidades. O descarte de produtos de origem animal é crime ambiental, neste caso, com o agravante de estar à margem do rio Pomba. Mariana aproveitou para orientar sobre como proceder corretamente em casos como este. "É preciso entrar em contato com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e solicitar a emissão de uma autorização para depositar a mercadoria no aterro sanitário, obedecendo as normas vigentes", explicou.

A Secretaria Municipal de Serviços Urbanos vai retirar a carne que apodrece e espalha um forte mau cheiro no local. Para isso, aguarda apenas uma autorização da Polícia Cívil para remover o material e levá-lo para o Aterro Sanitário. 

O vereador Vinicius Machado, residente no bairro Taquara Preta, conversou sobre o episódio com a reportagem do Site do Marcelo Lopes na tarde desta quarta-feira, quando também percorreu todo o trecho onde depositam entulho à margem da estrada. Ele disse que esta é uma realidade que vem "revoltando os moradores do bairro" e fez cobranças. "A Copasa quando veio aqui construir uma elevatória, assumiu conosco cercar toda a área, mas não o fez. A prefeitura, dona da parte de cima do terreno desta rua onde estamos, que é Área de Preservação Permanente, também não fez sua parte, o mesmo acontecendo com a área de baixo dessa mesma rua, que dá no rio Pomba, e pertence à família Valverde. Se todos os responsáveis cercarem suas propriedades o problema estará resolvido", afirmou o vereador, que como os demais moradores do bairro, quer uma solução urgente para normalizar esta situação.