Ninguém sabe quem jogou a carne na margem do rio Pomba
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Na manhã desta terça-feira, 6 de janeiro, um odor muito forte, parecido com o de animal em estado de putrefação, chamou a atenção do pescador Lucimar Lopes Martins, de 42 anos de idade, há seis morador no bairro São Cristóvão, em Cataguases.
Ele tem um pequeno barco que fica ancorado poucos metros depois de sua residência e toda manhã vai conferir se está tudo em ordem. Mas na manhã desta terça-feira, Lucimar, ainda distante do barco, começou a sentir um mau cheiro que aumentava, à medida que se aproximava de seu destino.
Quando se aproximou viu uma grande quantidade de carne jogada à beira da rua, a poucos metros do leito do rio Pomba, dentro de sacos grandes e em bombonas de plástico. Urubus e moscas voaram com a sua chegada, contou. Segundo estimou, "jogaram aqui uns trezentos quilos de carne de boi e de porco. E isso aconteceu na tarde de ontem ou começo da noite", previu.
O gesto deixou Lucimar e sua família revoltados com o que chamou de "desrespeito com a gente que mora aqui". Ele teme que a carne contaminada possa trazer algum problema de saúde para sua família e vizinhança. Lucimar contou à reportagem do Site do Marcelo Lopes que ligou para a Polícia Militar e Defesa Civil para denunciar o problema, mas segundo ele, "me disseram que este assunto não era responsabilidade deles".
Casos como este devem ser comunicados imediatamente à Vigilãncia Sanitária pelo telefone 3429-2627, até às 14 horas. A partir da denúncia, a equipe vai até o local e, após analisar a situação orienta moradores sobre eventuais riscos à saúde e da a destinação correta ao produto, além de, em certos casos, identificar a origem da mercadoria e aplicar as penalidades legais aos responsáveis.
Além da carne de porco e de boi descartadas e já em decomposição, a reportagem constatou que aquela região, que fica entre o final do asfalto do bairro São Cristóvão até próximo à entrada da conhecida "estrada da Empa" se tornou um ponto de descarte de entulho, móvel usado, terra, pneu e eletrodomésticos inservíveis. Lucimar, conformado, revela que "de vez em quando a prefeitura vem aqui e faz uma limpeza, mas no dia seguinte já começam a jogar tudo de novo".
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