Desde o início de seu mandato, o prefeito de Cataguases Cesinha Samor fala sobre a realidade das finanças da Prefeitura Municipal que, segundo ele, passa por dificuldades. De acordo com o chefe do Executivo, um dos fatos decisivos para isso é a responsabilidade que herdou de administrações passadas de ter que pagar altas quantias em precatórios, como ainda acontece até hoje, depois de vencida metade do período de seu governo. 

Esse assunto novamente foi abordado por Cesinha, na entrevista exclusiva que concedeu ao Site do Marcelo Lopes, no dia 30 de dezembro de 2014, quando fez um balanço do ano. "Não é chororô, não tem negócio de chororô (...) nós estamos passando dificuldade momentânea", destacou o prefeito de Cataguases, lembrando que foram quitadas oito parcelas de precatórios, somando 560 mil reais, além de um precatório à vista no valor de 126 mil reais.

O chefe do Executivo fez questão de frisar que é preciso ter "pé no chão", "fazer o que puder" e "segurar o máximo" dos gastos, porque, segundo ele, "a receita não é grande, mas as despesas são altas". Outro fator que, de acordo com Cesinha, contribui para arrochar as contas da Prefeitura Municipal é a folha de pagamento dos servidores, sobretudo do excessivo número de contratados. 

Cesinha disse que, no início de seu mandato, eram 2.300 funcionários e hoje são 2.000, mas esse total tende a diminuir ainda mais. "A meta é reduzir bastante. Não falo isso com alegria, porque hoje a maior fonte empregadora da cidade é a Prefeitura", ressaltou o chefe do Executivo, lembrando que o pagamento vem sendo atrasado justamente porque são muitos funcionários.

"Nós estamos pagando com atraso de dois, três, quatro dias no máximo, mas não estamos devendo nada. Pagamos o salário, o 13º, o INSS, o FGTS, enfim, o social está tudo pago (...) o atraso nos pagamentos dos servidores deve cessar a partir de março", frisou o prefeito, aproveitando para citar o concurso público como um mecanismo que auxiliará no processo de equilíbrio do número de servidores públicos da Prefeitura de Cataguases.

Antes de terminar o assunto, Cesinha ainda revelou que outras questões não previstas no orçamento também contribuem para aumentar as despesas. "Estou cumprindo religiosamente o acordo com o Hospital de Cataguases, repassando 250 mil reais mensais àquela instituição", disse o prefeito que, em seguida, também falou sobre as parcelas pagas com intuito de futuramente o município adquirir o Cine Edgard. No total, já foram 720 mil reais empregados nesse sentido, revelou Cesinha.

O chefe do Executivo disse que, da forma como vem conduzindo a situação, será possível equilibrar as finanças. Para isso, ele também destacou a esperança de, em 2015, receber equipamentos do governo do estado que possibilitarão economias no orçamento, conforme destacou. "Estou aguardando ansiosamente o Pró-município, que foi prometido desde 2013. Uma retroescavadeira, uma pá carregadeira, um caminhão pipa e uma patrol vão ajudar muito", ressaltou Cesinha. (Fotos e texto de Paulo Victor Rocha)