A cadeia pública de Miraí foi fechada nesta quarta-feira, 3 de dezembro. A unidade havia sido interditada pelo Ministério Público em fevereiro deste ano e posteriormente liberada pelo Governo de Minas que conseguiu derrubar a liminar que ordenava a retirada de todos os presos de lá. Porém, investigadores da Polícia Cívil de Miraí, responsáveis pela segurança da cadeia, conseguiram, através do Sindicato da categoria, interditar novamente o local, culminando agora na sua desativação definitiva. A informação foi prestada prestada pelo delegado de polícia da comarca de Miraí, Thiago Soares Marty, que ao lado do  diretor geral do presídio de Cataguases, Alan Neves Ladeira, coordenou a operação.

Nesta manhã, conforme revelou aquele delegado, equipes do Presídio de Cataguases e da Penitenciária de Muriaé, com apoio de policiais civis e militares fizeram a transferência dos presos para as cidades de Cataguases e Muriaé. Dos 34 detentos que ocupavam as celas, todos os que já tem condenação pela justiça, 19, foram levados para a penitenciária Manoel Martins Lisboa Júnior, juntamente com 4 mulheres. Os demais foram trazidos para Cataguases que passará a receber todos os que forem detidos na Comarca de Miraí. "Agora, o presídio de Cataguases passa a ser a porta de entrada para todos que cometerem crimes e forem presos em Miraí, exceto mulheres, que continuarão sendo levadas para Muriaé", reafirmou Thiago Marty.

A operação de desativação da cadeia pública de Miraí transcorreu em clima de tranquilidade segundo revela o delegado. "Contamos com o apoio da Polícia Militar e de nosso pessoal da Civil, além do apoio no transporte de diversas unidades da região, o que proporcionou um trabalho coeso e sem incidentes, sendo que todas as decisões foram tomadas dentro das normas de segurança e do bom senso", afirmou Thiago. Por volta do meio dia todos os detentos daquela cadeia já estavam dentro das viaturas prontos para serem levados para Cataguases e Muriaé, o que aconteceu em comboio tendo chegado em Cataguases cerca de meia hora depois.

O diretor geral do presídio em Cataguases, Alan Neves Ladeira, disse que a transferência dos presos para as duas cidades vizinhas de Miraí, "libera policiais civis e militares para a área de segurança daquele município, além de oferecer aos detentos uma melhor qualidade na assistência jurídica, saúde, educacional, social e religiosa, além de diminuir as reincidências através da ressocialização", disse. Ele contou à reportagem do Site que todos os detentos receberam "kits compostos de uniformes, cobertores, toalhas, escovas de dente e produtos de higiene pessoal".

Abaixo, fotos de parte da equipe que desativou a cadeia e do interior das celas.