Em 15/09/2014 às 20h25 | Atualizado em 27/07/2018 às 17h22

Marido que matou esposa com machado se entrega à Polícia

Para se entregar ele pediu ajuda ao jornalista Marcelo Lopes que contou com o apoio do diretor do presídio Alan Neves e do Defensor Público, Bruno Jardim

José Antônio, na sala da delega Érica Guedes, momentos antes de iniciar seu depoimento

José Antônio, na sala da delega Érica Guedes, momentos antes de iniciar seu depoimento

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Traição. Esta teria sido a causa da briga que culminou na morte de Selmi Maria José Gomes, de 30 anos de idade, na manhã do último domingo, 14 de setembro. A revelação foi feita na tarde desta segunda-feira, 15 de setembro, com exclusividade ao Site do Marcelo Lopes, pelo marido da vítima e autor do crime, José Antônio das Graças Agostinho, também de 30 anos. Ele desferiu um golpe com machado na parte de trás da cabeça da esposa fugindo em seguida. Na tarde desta segunda-feira, às 17 horas, ele apresentou-se à Polícia, após mediação feita pelo jornalista Marcelo Lopes, editor deste site.

José Antônio contou à reportagem que chegou em casa naquela madrugada, alterado, ressaltando que não fazia uso de bebida alcoólica havia muito tempo, acrescentando que estava sabendo da infidelidade da mulher havia "bastante tempo". Por conta dessa sua suspeita, eles estariam brigando diversas vezes, com ela sempre negando a traição. Ao chegar em casa na madrugada de domingo, após ter ficado a noite inteira na rua, eles tiveram uma discussão mais ríspida e ele, muito nervoso, pegou o machado e acertou-lhe um golpe na cabeça saindo em seguida de casa para refrescar a cabeça. No final da tarde do mesmo dia, seu cunhado ligou para o seu celular e lhe deu a notícia de que Selmi estava morta por causa do ferimento provocado pelo machado. Ainda conforme contou á reportagem, a notícia o deixou transtornado, "pensei até em me enforcar numa árvore, mas hoje de manhã decidi buscar ajuda para me entregar à polícia", completou.

imageNo final da manhã desta segunda-feira, 15, o celular do jornalista Marcelo Lopes recebeu uma ligação de uma pessoa que não se identificou e disse apenas que José Antônio estava querendo se entregar e precisava falar com ele informando em seguida o número de um celular prefixo da Vivo. Marcelo ligou e José Antônio atendeu com voz desconfiada, buscando ter certeza de que falava com a pessoa que queria. "Depois de umas três ligações percebi que ele estava confiando no que eu lhe dizia e a conversa começou a avançar", disse o jornalista."O problema é que ele não queria a participação de nenhum policial, foi quando me lembrei do diretor do presídio, Alan Neves (foto ao lado), como a pessoa que poderia me ajudar neste processo", acrescentou Marcelo, que continua: "Insisti com o José Antônio conversar com o diretor e depois de muito relutar, aceitou. Ao final da ligação Alan informou que ele pediu um advogado para defendê-lo, momento em que o diretor do presídio indicou o Defensor Público, Bruno Meirelles Jardim", completou o diretor do Site do Marcelo Lopes.

Por fim, José Antônio pediu para o jornalista ligar às 16 horas quando daria uma resposta final. Naquele horário, José Antônio atendeu o telefone já mais calmo e disse que não tinha outra alternativa senão entregar-se e pediu para Marcelo encontrar-se com ele na estrada para Cataguarino às 17 horas. "Eu lhe disse que levaria comigo o Alan e de lá seguiríamos direto para a Defensoria Pública onde prestaria depoimento ao doutor Bruno. O diretor do presídio trouxe com ele a enfermeira daquela instituição, Kátia Lopes, caso fosse necessário prestar algum tipo de atendimento médico", relata o jornalista. Segundo ainda Marcelo, tudo transcorreu com tranquilidade. "Ele nos viu chegando e apareceu imediatamente, enquanto descíamos do carro. Em seguida disse que estava com sede e lhe demos uma garrafa de água para beber. Kátia analisou dois pequenos ferimentos que trazia na cabeça e  Alan lhe explicou o que iria acontecer a partir daquele momento e, depois de alguns minutos, seguimos em direção à Defensoria", completou.

imageO Defensor Público, Bruno Jardim (foto ao lado), tomou seu depoimento e em seguida o acompanhou até à Delegacia de Polícia de Cataguases, onde chegou ás 18 horas. Lá, José Antônio foi atendido pela delegada Érica Nascimento Guedes, que o interrogou sobre os fatos. Após uma hora e meia  de interrogatório que foi acompanhado por Bruno, ele foi liberado e vai responder ao processo em liberdade. Neste período ele pode ser preso caso o juiz expeça um mandato de prisão preventiva ou caso venha a cometer outro delito.

ATROPELAMENTO EM DONA EUZÉBIA – Quem também apresentou-se à Polícia nesta tarde de segunda-feira, 15, foi Sebastião Tavares, o "Tão do Tavarinho", 40 anos, acusado de atropelar e matar seu cunhado, Diogo Ferreira Rosa, 27 anos,  na madrugada de domingo, 14 de setembro, em Dona Euzébia. Ao lado de seu advogado, Agostinho José Freitas Dias, ele prestou depoimento à delegada Érica Guedes e negou que o atropelamento foi intencional. Ao final ele foi liberado e vai responder ao processo em liberdade.

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Tags: defensoria, presídio, Alan Neves, Bruno Jardim, machado





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